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31/5/202505:12:40

CEAGESP: 56 anos abastecendo São Paulo e o Brasil


Hoje, 31 de maio de 2025, a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) completa 56 anos. Criada em 31 de maio de 1969 como resultado da fusão de duas empresas do governo paulista, desde 1997 é uma empresa do Governo Federal.

Ao longo de quase seis décadas, tornou-se uma verdadeira Cidade do Abastecimento, fazendo chegar os produtos do campo até a mesa dos brasileiros de São Paulo e também do Brasil.

Atualmente, está vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), desde janeiro de 2023. Originalmente, até 2018, respondia ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em, 2019, esteve subordinada ao Ministério da Economia.

A história da CEAGESP começa como resultado da fusão, em 1969, do Centro Estadual de Abastecimento (CEASA) e da Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (CAGESP), ambas empresas, à época, do Governo Estadual.

A CEAGESP é formada por 13 entrepostos e 12 unidades armazenadoras no Estado de São Paulo. O Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), maior central de alimentos da América do Sul, inaugurada na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, ainda como CEASA, em 1967, é a face mais conhecida da companhia.

Com uma circulação média de 48 mil pessoas e 14 mil veículos ao dia, seus 637.897,46 m² (231 mil m² construídos), essa unidade está entre as cinco maiores do mundo. Por seus 47 galpões, 40 de comercialização de hortifrúti e 7 de pescado, foram comercializadas, somente em 2024, cerca de 3,1 milhões de toneladas de alimentos, que geraram movimentação financeira superior a R$ 15,8 bilhões.

Somada, a comercialização de todos os entrepostos da rede CEAGESP, atingiu 3,9 milhões de toneladas de produtos hortícolas, pescados e flores. A movimentação financeira atingiu quase R$ 19,3 bilhões.

Entrepostos do interior

A partir de 1978, a Companhia iniciou a estratégia para o interior paulista, com a criação de Entrepostos em várias cidades. A primeira parte dessa expansão teve início em 3 de março de 1979, com a inauguração do Entreposto de São José do Rio Preto (CESJR). Quatro dias depois, foi aberto o Entreposto de Bauru (CEBAU). Por trás dessa iniciativa, estava a descentralização e a adaptação à realidade dessas cidades e regiões do entorno.

A expansão viria posteriormente com as inaugurações, pela ordem de tempo, das unidades de Ribeirão Preto, Sorocaba, Presidente Prudente, Araraquara, Marília, Araçatuba, Guaratinguetá, São José dos Campos, Piracicaba e Franca.

Conforme o contexto de cada região, as unidades foram se especializando em algum tipo de comércio, sendo o exemplo mais vistoso o de Guaratinguetá, conhecido por sua especialização em flores e plantas ornamentais. Em outros casos, tornaram-se polo turístico regional, como Rio Preto, especialmente impulsionado pelo comércio florista conjugado ao de artesanato, ou mesmo lugar de happy-hour, como ocorre em Sorocaba.

Somadas, essas unidades comercializaram, em 2024, 782 mil toneladas de alimentos, gerando movimentação financeira na casa de R$ 3,45 bilhões. Devido a suas localizações, geram esferas de influência que acabam passando inclusive as divisas do Estado de São Paulo.

Armazéns

A CEAGESP é mais conhecida por seus entrepostos, mas, pouca gente conhece, a outra face, não menos importante, da companhia: sua rede Armazenagem. Com 12 Unidades Armazenadoras, a CEAGESP apoia o agronegócio, garantindo a estocagem segura de produtos como açúcar, diversos tipos de grãos e cereais. As suas operações estão estrategicamente localizados em 11 cidades, formando a maior rede pública de silos e armazéns, responsável por uma capacidade estática de 675.600 toneladas, ou cerca de 8% da capacidade estática do Estado de São Paulo.

Além de simplesmente guardar a produção agrícola, a CEAGESP apoia o produtor em serviços como padronização de grãos e cereais, classificação, limpeza e secagem.

Comerciantes

Para que tudo isso aconteça, há um trabalho essencial que todo dia acontece de sol a sol, ou mesmo quando está escuro e as cidades dormem. Nas estruturas da CEAGESP, muitas empresas surgiram e operam em suas dependências. Com elas, diversas histórias de vida foram mudadas e, em muitos casos, mais de uma geração de uma mesma família está à frente de um negócio que foi viabilizado precisamente por estar em um lugar destinado não só ao comércio de alimentos como também de flores e plantas ornamentais.

Isso é todo dia realizado por 8.851 comerciantes, 6.917 no ETSP e 1.934 no interior. São eles que desenvolvem cadeias de comércio que possibilitam não só à CEAGESP abastecer o estado de São Paulo como estender sua influência para todo o Brasil. Graças a eles, diversos cultivos, além de pescados e ovos, conseguem chegar aos mais diversos comércios e abastecem os lares brasileiros.

Carregadores

Para que os produtos vindos da terra e das águas cheguem aos lares, os carregadores são parte essencial no dia a dia da Companhia. A força do trabalho de 3.715 pessoas, 3.642 delas no ETSP e outras 73 nas unidades interioranas, garante a circulação das muitas mercadorias, gerando renda para o sustento de suas famílias.

Sem esse trabalho incessante desses carregadores, a comercialização de hortifrúti, de flores e pescados seria inviável. Com seus carrinhos repletos de mercadorias, esses trabalhadores também são fundamentais para fazer chegar à mesa dos brasileiros o que é produzido no campo.

Funcionários

Um time de 554 funcionários da CEAGESP organiza o que, para o público leigo, pode parecer o caos. Carrinhos, caminhões, utilitários, empilhadeiras e pessoas circulando freneticamente têm, na verdade, uma ordem, possível graças a equipes de profissionais da Companhia. Essa equipe é responsável por organizar o dia a dia da CEAGESP e é a cara visível da empresa tanto para quem opera em suas dependências quanto para as pessoas de diversos lugares que circulam dentro de suas unidades todo dia.

Apoio fundamental

Segurança, Limpeza, Recepção, entre várias outras áreas que não estão na atividade-fim da CEAGESP também são igualmente importantes para o sucesso da Companhia. Os trabalhadores terceirizados ajudam as diversas áreas da empresa a focar no que é essencial para o negócio e a missão de contribuir para que o abastecimento aconteça.

Não é só abastecimento

Para além de sua atividade-fim, a CEAGESP desenvolve diversas iniciativas que beneficiam uma grande coletividade. Um exemplo bastante conhecido é o do Banco CEAGESP de Alimentos (BCA). Iniciativa surgida em 2003, hoje está em 11 Entrepostos e recebe alimentos que perderam o valor comercial, mas ainda estão seguros para o consumo humano.

O maior deles, o BCA de São Paulo, recebeu e doou, em 2024, 1.500 toneladas de alimentos. É por meio desse importante canal de distribuição que também estão chegando à mesa dos que necessitam cerca de 64 toneladas de feijão doadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Desde o início de 2025, o BCA contribui para ampliar o alcance dos produtos da Agricultura Familiar, adquiridos pelo Governo Federal, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), fazendo-os chegar a entidades cadastradas, compreendendo tanto filantropias quanto outros bancos de alimentos e cozinhas comunitárias.

Aos BCAs se soma a Associação de Apoio à Infância e Adolescência Nossa Turma, que atende crianças moradoras do entorno do ETSP e opera nas dependências da matriz da CEAGESP.
Além disso, a Companhia ajuda a orientar o mercado agrícola com seus estudos. Criado em 2009, o Índice CEAGESP foi o primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, indicando a variação de preços no atacado de hortifrutigranjeiros, pescados e ovos, em um total de 158 itens, que fazem parte da lista conforme sua importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade.

A participação da CEAGESP se dá também em feiras das mais diversas. Só em 2025, marcou presença com estandes em Anuga Select, Fruit Attraction, V Feira da Reforma Agrária e APAS Show. Em todas essas ocasiões, foi a oportunidade de apresentar a empresa para o grande público, bem como dar visibilidade às atividades de entrepostagem e armazenagem, além de aproximar o comerciante desses importantes canais da cadeira de distribuição.

Perto da agricultura familiar

Desde 2023, a Companhia vem se aproximando da agricultura de menor escala, como aquela produzida por assentados, agricultores familiares e outros pequenos produtores em geral. Essa iniciativa envolveu não só a ida ao campo como também dotar essas pessoas do conhecimento necessário para que consigam fazer suas produções entrar na cadeia comercial.

Parte disso está sendo em parceria com a Conab, com o processo de formação em comercialização com famílias assentadas em 12 municípios paulistas. Essa iniciativa já beneficiou 506 participantes, abrangendo também técnicos de assistência técnica e extensão rural de diferentes órgãos, membros de secretarias municipais e sindicatos rurais, de modo a gerar multiplicação dessas informações.

Com base nas políticas do MDA, surgiram iniciativas como as feiras da agricultura familiar em Ribeirão Preto e Registro. Além disso, esse tipo de produção agrícola está sendo comercializada tanto em áreas nos entrepostos interioranos, por parte de cooperativas e associações, como o próprio Varejão de fim de semana do ETSP já tem áreas dedicadas ao comércio para o consumidor final. Na parte de armazenagem, agricultores familiares estão usando as Unidades Armazenadoras para estocar sua produção.




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