6/6/202206:01:52
A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) e a Embrapa Uva e Vinho formalizaram um Acordo de Cooperação Técnica, válido até 2025, com o objetivo de realizar ações voltadas à melhoria da cadeia produtiva de frutas, especialmente de uvas. A parceria viabilizará atividades de prospecção, acesso e análise de dados de comercialização de uvas, peras e maçãs, no entreposto da CEAGESP em São Paulo.
Através do acordo, a Embrapa Uva e Vinho, que é uma unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), poderá acessar e analisar dados disponibilizados pela Seção do Centro de Qualidade Hortigranjeira (SECQH) da CEAGESP. O acordo é importante para compreender a dinâmica do mercado de uvas e, principalmente, para detalhar o comportamento comercial das cultivares como as uvas BRS, desenvolvidas pelo Programa de Melhoramento Genético da Embrapa ‘Uvas do Brasil’.
“O convênio é extremamente importante para a Embrapa. A CEAGESP é o principal entreposto de comercialização de frutas do Estado de São Paulo e, com esse monitoramento, conseguiremos ter bem claro o que acontece e como é o comportamento do mercado de uvas, em especial das variedades desenvolvidas pela Embrapa”, avalia o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Uva e Vinho, Dr. Marcos Botton.
De acordo com a engenheira agrônoma Cristina Dini Staliano, da SECQH, a CEAGESP realiza acompanhamento diário do volume e dos tipos de uvas comercializados no maior entreposto da América Latina. Todos esses dados serão compilados em relatórios mensais e anuais e, assim, auxiliarão a equipe da Embrapa Uva e Vinho em seus trabalhos e pesquisas. “Os dados serão estruturados, tratados, processados e disponibilizados na plataforma Cortex para análises e consultas da equipe envolvida no Programa de Melhoramento ‘Uvas do Brasil’ e do Observatório Vitivinícola”, explica.
Dados atualizados da SECQH apontam, por exemplo, crescimento na participação de uvas BRS no mercado atacadista da CEAGESP nos últimos 15 anos. “Em 2007, as uvas sem sementes tinham apenas 7% de participação no mercado. Já em 2021 passaram a representar 60%. Por outro lado, no mesmo período, as uvas rústicas e as uvas com sementes perderam mercado, passando, respectivamente, de 34% para 21% (rústicas) e de 59% para 19% (com sementes) do mercado de uvas”, detalha o engenheiro agrônomo, Dr. Gabriel Bitencourt, chefe da SECQH/CEAGESP.
As informações compartilhadas com a Embrapa Uva e Vinho ajudarão a compreender o cenário de comercialização em relação aos tipos, quantidades, valores, periodicidades e origens das uvas. “Os dados poderão ajudar a Embrapa a avaliar o mercado, subsidiar a elaboração de análises para a gestão de cultivares, apoiar a tomada de decisão para a equipe envolvida com o Programa de Melhoramento Genético ‘Uvas do Brasil’, projetar tendências de consumo e, ainda, apoiar ações de promoção conjunta”, diz Staliano.
O acordo entre CEAGESP e Embrapa Uva e Vinho foi publicado no Diário Oficial da União em 04 de maio de 2022 — disponível neste link — e com vigência válida até 31 de dezembro de 2025.
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