Quarta-feira, 20/09, foi dia de a Associação Paulista de Supermercados (APAS) se reunir com a diretoria da CEAGESP. Representando 1.500 empresas e mais de 5 mil pontos de venda no estado de São Paulo, a APAS tem ponte natural com a CEAGESP considerando o fato de grande parte dos estabelecimentos que representa fazer seu abastecimento tanto no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) quanto nas unidades interioranas.

Novas parcerias foram discutidas. “Já houve uma parceria muito frutífera no passado, mas as entidades se afastaram ao longo do tempo”, conta José Lourenço Pechtoll, diretor técnico operacional da CEAGESP. Entre os assuntos abordados, esteve o da aproximação dos pequenos agricultores e da agricultura familiar em geral da rede varejista e suas exigências para os produtos que vende. “A rastreabilidade é um aspecto desafiador nesse assunto”, conta Rodrigo Marinheiro, chefe de relações institucionais da APAS. Um ponto favorável ao estreitamento de contato está no fato de o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) estar participando das feiras que a APAS promove.
O pescado, tema que vem sendo abordado pela CEAGESP com especial importância neste ano, esteve na pauta e a Unidade de Beneficiamento de Pescado (UBP) que opera no ETSP foi mencionada. “Destacamos o processo de inspeção primária que realizamos aqui”, conta Pechtoll. Tal tipo de produto, devido ao grau de exigências sanitárias, costuma ser preterido por alguns supermercadistas em sua modalidade fresca. “O pescado é um desafio na rede varejista”, contou Carlos Corrêa, diretor geral da APAS.

A segurança alimentar e o combate à fome, duas bandeiras do Governo Federal neste ano, foram discutidas no encontro. Uma sugestão vinda da APAS foi a de se melhorar as normativas atuais, que dificultam a doação de produtos que estejam próximo do prazo de vencimento.

O compartilhamento de informações entre as duas organizações também foi trazido a debate. No dia a dia dos supermercados, uma questão importante envolve a sazonalidade dos produtos agrícolas e os impactos gerados em preços de mercado. Para esse ponto, a APAS demonstrou interesse pelos dados divulgados pela CEAGESP, como os do Índice CEAGESP e outros levantamentos.