Sexta-feira, 05/01, foi dia de a Associação Paulista de Supermercados (APAS) visitar o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP). “Queremos falar dos frutos da estação e mostrar aos associados da APAS sobre como proceder nas compras”, contou Hilton Piquera, comerciante de frutas no ETSP e responsável pela organização da vinda dos representantes.

Uma pauta da visita foi o cuidado que os varejistas precisam ter ao adquirir produtos para serem expostos em suas gôndolas. “Na hora de comprar as frutas, é preciso tomar cuidado. Como no começo de safra os preços são mais altos, muitos produtores as colhem em um estado mais imaturo. Com isso, não vai ter sabor ou aroma suficientes. Vai ser uma fruta de consumo não tão bom”, conta Gabriel Bitencourt, chefe da Seção do Centro de Qualidade Hortigranjeira (SEQQH) e que acompanhou os visitantes.

Além disso, fenômenos climáticos do final do ano passado afetaram a produção de determinadas frutas, que anteciparam seu ciclo e passaram a chegar em ponto menos maduro à cadeia comercial. “Por causa do El Niño, choveu muito em Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, conta Gabriel. “Com essas mudanças climáticas, você tem alterações nas frutas do supermercado. Às vezes o consumidor vai comprar e não tem aquela porque teve alguma mudança. Estamos nos inteirando na CEAGESP e pegando informações sobre o mercado e as dificuldades que podem existir nesse sentido”, contou Marcelo Domingues de Souza, responsável por operações de lojas da APAS.

Cerca de 30% dos associados da APAS são de pequenos supermercadistas (donos de apenas uma unidade). Para esses, o modelo de funcionamento dos entrepostos da CEAGESP é interessante por permitir uma maior facilidade de seleção da mercadoria a ser ofertada no ponto de venda.
É comum que pequenos vendedores fora de São Paulo busquem mercadoria no ETSP de maneira consorciada, em que um único caminhão recebe grande quantidade de carga e os produtos vão sendo entregues ao longo do trajeto e conforma aquilo que cada estabelecimento do trajeto solicitou.