O caqui rama forte é o produto destaque da semana no atacado da CEAGESP. Cada vez mais vem ganhando espaço na fruteira dos brasileiros, apresentou uma redução média anual de 36,1% e mensal de 37,1%, segundo levantamento da Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES) da CEAGESP. Conforme a cotação realizada em 11/03/2024, o produto apresentou um preço médio de R$ 3,38/kg no atacado.

Ele é originário da Ásia, sendo cultivado na China e no Japão há séculos. Foi introduzido no estado de São Paulo em 1890, mas a expansão da cultura só ocorreu a partir de 1920, com os imigrantes japoneses, que trouxeram consigo as variedades doces. Ele é da família Ebenaceae e o gênero, Diospyros, com quatro variedades de importância comercial.

O rama forte apresenta um sabor mais adocicado, formato arredondado e achatado, casca de coloração vermelha, polpa amarela e consistência macia. Ele pode ser facilmente confundido com o tomate, por ter características visuais externas semelhantes. Pode ser consumido de diversas formas: fresco, congelado, seco e também como geleias e compotas.

O caqui geralmente é cultivado em zona tropical quente, com poucas espécies na região temperada. Planta perene, de porte arbóreo, começa a produzir com quatro anos e seu ciclo de vida pode durar décadas. A maioria das variedades tem tendência para a produção de frutos partenocárpicos, ou seja, frutificam mesmo que não haja polinização, resultando em frutos sem sementes. A fruta imatura é rica em tanino (que dá a sensação de secura na boca).

Em 2023 o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) comercializou mais 11.070 toneladas de caqui rama forte. Os períodos de sazonalidade alta são os meses de março a junho e as principais origens são os estados de São Paulo (92,5%), Minas Gerais (3,9%) e Paraná (3,6%). Essa prevalência paulista reflete-se também no ranking de cidades, composto exclusivamente de municípios nesse estado: Guararema foi a líder em entregas, com 1.813,41 toneladas, seguida de São Miguel Arcanjo (1.678,43) e, fechando o pódio, Taquarivaí (1.597,31). Jundiaí (1.261,38), Pilar do Sul (903,23) e Mogi das Cruzes (535,12) ficaram respectivamente em quarto, quinto e sexto lugares.

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