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6/11/202511:04:02

CEAGESP participa de Grupo de Trabalho da Fundacentro para segurança na armazenagem


A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) participa, desde setembro, do Grupo de Trabalho (GT) instituído pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) para a elaboração da Norma de Higiene Ocupacional (NHO) nº 12. A nova normativa, de alcance nacional, tem como objetivo consolidar e harmonizar boas práticas de segurança e saúde ocupacional relacionadas à armazenagem a granel e às atividades em silos e graneleiros, reunindo experiências brasileiras e internacionais.

“A Fundacentro instituiu o grupo de trabalho com a finalidade de reunir especialistas em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) para elaborar uma NHO capaz de contemplar as especificidades e complexidades inerentes aos ambientes de armazenagem”, conta Débora Mascarenhas Bielohoubek, chefe da Seção de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e integrante do GT.

Luiz Antonio Melo, tecnologista da Fundacentro e  coordenador do GT, explica que a NHO-12 busca consolidar um vasto conjunto de normas já existentes sobre segurança e saúde no trabalho em ambientes de armazenagem. “Nosso objetivo é unificar essas orientações em um único documento, facilitando a compreensão e o cumprimento das exigências técnicas, além de oferecer um direcionamento mais claro para o setor”, destaca.

A participação da CEAGESP no GT da Fundacentro decorre da reconhecida expertise da Companhia na gestão de diferentes tipos de armazéns, acumulada desde os tempos da antiga CAGESP. “Nosso papel é contribuir com a experiência prática da CEAGESP, apresentando a realidade operacional e os procedimentos internos adotados, de forma a auxiliar na adequação da norma às condições efetivas do trabalho”, explica João Cláudio de Lima, chefe da Seção Operacional (SEOPE), vinculada ao Departamento de Armazenagem (DEPAR).

A elaboração da NHO-12 busca enfrentar uma grave realidade: o alto número de adoecimentos e mortes ocorridos nesses ambientes produtivos. Entre 2023 e 2024, as atividades de armazenagem registraram uma média anual de aproximadamente 100 mortes em todo o país — número que tende a aumentar em 2025, segundo estimativas que vêm sendo levantadas pelo GT. “A principal causa é o engolfamento: quando há espaços com ar dentro da massa de grãos, esses vazios podem ceder de repente. Com isso, o trabalhador perde o apoio, afunda rapidamente e acaba soterrado pelos grãos, o que pode levar à asfixia”, explica Rogério Bezerra da Silva, consultor técnico da FDTE e corresponsável pela coordenação do processo de elaboração da NHO.

Considerando os perigos inerentes dessa lida, a CEAGESP mantém baixos índices de acidentes ao longo de décadas de operação, resultado direto do rigor técnico e das normas internas desenvolvidas por suas equipes de segurança. “Esse comprometimento com a segurança é fundamental e serve de referência para a elaboração da NHO”, ressalta Rogério Bezerra da Silva.

Entre as práticas de segurança adotadas nas unidades armazenadoras da CEAGESP, destacam-se o sistema de aspiração de pó com descarte controlado, limpeza imediata após o esvaziamento dos espaços, pulverização preventiva contra insetos, lavagem das estruturas na entressafra e controle de pragas em áreas externas. As cargas recebidas passam por rigoroso controle de qualidade para evitar a entrada de produtos que gerem gases, além de passarem por secagem rápida.

Nos ambientes confinados, são utilizados detectores portáteis de gases e sistemas de renovação de ar por exaustão, além do monitoramento de fosfina — procedimento iniciado na Unidade Armazenadora de Tatuí (AGTAT) e atualmente em expansão para outras localidades. As estruturas contam ainda com manutenção preventiva, planos de resgate e salvamento, equipes de emergência treinadas. Os silos de concreto da Companhia oferecem melhor isolamento térmico e menor suscetibilidade a contaminações externas em comparação aos modelos metálicos.

Até o momento, o Grupo de Trabalho já realizou oito reuniões. “A expectativa é apresentar uma minuta da NHO-12 em até 60 dias, reunindo em um único documento as normas vigentes na CEAGESP, no Brasil e no exterior”, conclui Luiz Antonio Melo.




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