19/11/202411:03:05
Em 13/11, a Unidade Armazenadora de Avaré (AGAVA) recebeu produtores rurais e representantes da Capal Cooperativa Agroindustrial para uma reunião a respeito de comercialização de soja, cuja próxima safra está para ser colhida. Entre os assuntos abordados, as exigências crescentes da China, principal importador do grão produzido no Brasil.
“Demos orientações sobre como evitar as pragas, pois as ervas daninhas prejudicam na colheita e na armazenagem. Quando esse material chega ao Porto de Santos, é rejeitado”, conta Paulo Eugênio Pereira Júnior, chefe do Departamento de Armazenagem (DEPAR) e que esteve presente na ocasião. “As empresas de classificação externa não estão aceitando cargas com qualquer tipo dessas sementes”, conta João Cláudio de Lima, chefe da Seção Operacional (SEOPE).
“A China está impondo uma série de restrições na compra de produtos originários do mundo todo. Em nosso caso particular, até pela região onde estamos, com clima quente e tudo mais, a questão de sementes de ervas daninhas está aflorando como um grande problema. Isso está afetando sensivelmente no nosso mercado”, conta Adilson da Silva, analista administrativo do Departamento de Armazenagem (DEPAR) e um dos que esteve presente no encontro.
“Como teve muito problema na última safra, nosso pessoal estudou e viu que o problema não é na armazenagem, mas no plantio. Com isso, iniciamos uma ação dirigida ao produtor rural para orientar como evitar essas pragas e informar sobre um problema que não é só a CEAGESP ou o estado de São Paulo está enfrentando, mas o Brasil como um todo”, explica Paulo Eugênio. Em um caso desses, o cuidado vem antes mesmo da armazenagem do produto.
Uma das causas de problemas identificados está no manejo da terra durante o ciclo. “Na entressafra, tem gente que leva boi para pastar e adubar o solo. Nas fezes do animal podem estar sementes da erva daninha que vai prejudicar a plantação de soja”, conta Paulo Eugênio.
Com isso, Capal e CEAGESP deram orientações sobre como preparar o solo corretamente e o período de germinação de cada uma dessas sementes conhecidas por quarentenárias, bem como resolver o problema caso alguma dessas plantas brote. “Explicamos que seguimos a instrução normativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e que essa exigência chinesa é parte de um acordo comercial”, explica João Cláudio.
O plano é estender esse ciclo de palestras a outras unidades da rede armazenadora. “Queremos fazer isso em todas as unidades e convidar os produtores que usam nossos serviços. A gente vai contribuir com essas informações e isso facilita nosso trabalho, pois vem menos impureza”, conta Paulo Eugênio.
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