O Entreposto Terminal de São Paulo – ESTP continua operando normalmente e provendo o abastecimento de hortifrutícolas para a grande São Paulo, interior e outros estados. Nesta quarta-feira, 10 de junho, a estimativa é que sejam negociadas cerca de 11.000 a 13.000 toneladas de FLV no maior entreposto da América Latina, ou seja, movimento muito próximo às médias históricas.

Nestes primeiros dias de junho, percebe-se um aquecimento no consumo acima dos registrados nos inícios de abril e maio. Uma das justificativas para a maior procura é a reabertura de alguns segmentos em função da flexibilização das restrições e do isolamento social ocasionados pela COVID-19.

Na primeira quinzena de maio foram comercializadas 113.555 toneladas de FLV e pescados ante 115.690 t registradas no mesmo período de abril. Redução de 1,85%.

Abaixo, o gráfico demonstra os volumes da primeira quinzena, por setor de comercialização, de janeiro a maio de 2020.

Comparativo com outros setores: A atual crise econômica mundial gerada pela Covid-19 mostra-se extremamente grave. No Brasil, a recessão, o fechamento de empresas, o desemprego, a perda de renda, entre outros fatores, deverão atingir praticamente todos os setores da economia.

A produção industrial em São Paulo, por exemplo, segundo o IBGE, “caiu 23,2% em abril, a maior queda desde 2002”.  Ressaltando que o estado de São Paulo representa cerca de 34% da indústria nacional.

Segundo a ACSP – Associação Comercial de São Paulo, “o comércio paulistano encerrou o mês de abril com queda de 62,8% no volume de vendas, em relação a abril de 2019. As vendas a prazo caíram 56,5% e as pagas à vista, 69%. Na comparação com março de 2020, os recuos foram, respectivamente, de 51,8%, 39,9% e 63,7%”.

Os impactos também atingiram as pequenas e médias empresas da capital.Segundo a BizCapital, houve perda de receitas em vários segmentos, quais sejam: Bares, lanchonetes e restaurantes (-70% em média); Comércio em geral (-67%); Serviços em geral (-55%); Indústria em geral (-54%) e varejo de roupas e acessórios (-50%).

Efeito moderado na comercialização: Obviamente, os problemas econômicos também causarão impactos nas atividades desenvolvidas pela CEAGESP. Há que se considerar, no entanto, que o setor de abastecimento, pela essencialidade, registra situação favorável em relação a muitas atividades econômicas afetadas pela pandemia. O ETSP registrou quedas pouco expressivas em abril e maio e a tendência é de ligeira recuperação em junho.

Assim, além da manutenção de milhares de empregos e renda para toda a cadeia de hortifrutícolas, incluindo os pequenos produtores rurais, a missão de prover o abastecimento vem sendo desempenhada com primazia pela CEAGESP e seus permissionários. São milhões de consumidores atendidos com produtos de qualidade e preços justos, fundamentais para uma alimentação saudável neste momento tão importante.

Preços:O índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de maio em queda de 2,79%, impulsionado principalmente pela retração dos preços das frutas, legumes e verduras. O setor de pescados permaneceu com preços praticamente estáveis. Já o setor de diversos registrou alta de 8,06%. O setor acumula alta acentuada no ano, refletindo as elevações nos preços da batata, cebola, alho e ovos.

Mesmo com elevações pontuais, o índice CEAGESP recuou 6,1% no ano e 8,1% no acumulado dos últimos 12 meses. Estas quedas favorecem o consumo e mantém os índices inflacionários dos produtos in natura em patamares reduzidos.

Neste início de junho, os preços registraram ligeira elevação, refletindo a maior procura em função da flexibilização das restrições de isolamento social e também pela adversidade climática, com frio excessivo e incidência de geadas em algumas regiões produtoras do sul e sudeste do país.

As geadas foram leves, o mercado está bem abastecido, assim, caso não ocorra nenhum problema climático mais acentuado, os preços devem seguir satisfatórios para os consumidores, contribuindo para manter a inflação em equilíbrio.

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