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16/11/202211:03:41

CEAGESP também é interior – Graneleiro de Araraquara


Com 78.832 m² divididos em silo vertical para 5 mil toneladas, armazém convencional para 5.100 toneladas, silo horizontal para 20 mil toneladas e graneleiro para outras 40 mil toneladas, o Armazém Silo Graneleiro de Araraquara (AGARA) já funcionava antes daquela que é considerada sua data de inauguração solene, 21 de janeiro de 1977.  “O silo vertical e o armazém datam de janeiro de 1963. São do tempo da CAGESP”, conta Roberto Boalim, técnico operacional da unidade. Esse passado é inclusive visto em uma antiga placa contendo o nome da empresa que deu origem à CEAGESP ao se fundir com a CEASA em 1969.

Para Lázaro Lipisk, também técnico operacional, isso não era problema, pois viu a estrutura ser construída. “Quando entrei aqui, na segunda quinzena de dezembro de 1975, só existia o silo vertical”, conta. Trabalhando na Balbo, construtora responsável pela obra, acabou também aprendendo a lida no armazém. “No finalzinho de novembro de 1975 terminei o Tiro de Guerra. Saí do serviço em que estava e passei a trabalhar aqui, que estava em construção. Quando inaugurou, já sabia até operar o silo. Só fui entrar na CEAGESP em 7 de junho de 1977”, recorda.

O silo horizontal chama a atenção por ter o mesmo projeto básico de estrutura equivalente em São Joaquim da Barra, mas com os oito elevadores estando em orientação oposta. “Uma unidade é espelho da outra”, conta Roberto, que trabalhou em ambas, erguidas pela mesma construtora.

Como outros armazéns da rede, também por muitos anos teve o milho como produto principal, o que gerava rotina intensa. “Trabalhávamos 24 horas para dar conta de receber e secar”, relembra Roberto, funcionário da CEAGESP desde 1984. A implementação do silo horizontal gerou reflexos importantes tanto na estocagem de grãos da região quanto no trânsito. “Víamos muitas vezes fila de 50 caminhões pequenos”, conta.

Enquanto a revolução do agronegócio engatava, milho americano e trigo argentino foram recebidos como estoque regulador e outras culturas também encontraram espaço nas dependências. “Já recebemos sorgo e até arroz em casca”, conta Roberto. Até algodão já foi estocado. “Houve época em que enchemos o pátio inteiro”, relembra Lázaro. Em tempos mais recentes, grãos peletizados derivados do bagaço de cana, usados para abastecer caldeiras e calefações, também passaram pelas dependências do AGARA.

Ao longo de seus anos de funcionamento, também registra marcas importantes. “Foi a primeira unidade armazenadora do país a estocar açúcar a granel. Vimos a possibilidade e deu resultado”, conta Roberto. “Entre 1993 e 1994, houve consulta em usina vizinha na região e isso foi feito por uns dez anos”. Com o tempo, outros clientes foram chegando. “Tivemos ocasião em que houve transbordo: foram 138 mil toneladas, ou quase três graneleiros inteiros. Precisávamos expedir rápido a carga”, lembra.

Outra diversificação surgiu na primeira década deste século, com os primeiros estoques maiores de soja, que já era recebida em pequena quantidade ainda no fim dos anos 1970. “Ela vinha inicialmente limpa e seca. No máximo fazíamos alguns procedimentos.  “Nossa região está aumentando o cultivo. Os produtores se aproveitam do mercado favorável, pois é commodity que atinge valor muito bom”, explica Roberto. Esse cultivo também é realizado pelas usinas canavieiras, que a plantam em sistema de rotação para nitrogenar o solo. Só no silo horizontal já são sete anos seguidos desse cultivo, que em média ocupa de três a quatro meses da rotina anual da unidade.

Os quase 45 anos também viram melhoria na aparelhagem e facilitação na lida dura do armazém. “Houve dia em que pesei 150 caminhões na balança manual”, relembra Roberto. Além das balanças, hoje eletrônicas, foram também aprimorados os determinadores de umidade, que graças à tecnologia já dão de uma só vez dados como umidade e PH, e o sistema de descarga dos caminhões, que hoje são majoritariamente basculantes.

Outra mudança nessas décadas está no ramal ferroviário, que funcionou até 2010 e hoje está inativo. “Ficou desativado depois que a operadora não viu mais interesse”, relata Roberto. As balanças hoje eletrônicas também têm previsão de mudar, pois o tipo mais comum de caminhão também se alterou, passando a ter grande presença de bitrens e rodotrens.

Veja também as matérias anteriores:

Armazém Silo de Presidente Prudente

Armazém Silo de Bauru

Armazém Silo de Fernandópolis

Graneleiro de São Joaquim da Barra

Graneleiro de Palmital

Graneleiro de Tatuí




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