21/11/202211:04:25
Inaugurado em 19 de janeiro de 1979, o Graneleiro de Avaré (AGAVA) tem seus 120 mil m² de área divididos em duas partes, cujas construções são separadas por dez anos. A mais antiga, um silo horizontal para 20 mil toneladas, usa a seu favor as forças da natureza. “Avaré tem o maior índice de escoamento por gravidade na rede armazenadora da CEAGESP, com 80% do silo sendo feitos assim. Era novidade na época e dispensa maquinário”, conta Felipe Ribeiro Munhoz, encarregado da unidade. A outra estrutura, datando de setembro de 1989, é o graneleiro, que armazena 40 mil toneladas e usa mais as esteiras.
A natureza do AGAVA também acabou centralizando muitas safras da região. “Nossa unidade é de padronização. Atendemos cerca de 300 produtores em 35 municípios, em um raio de 100 km”, conta Felipe. Entre esses produtores, há inclusive duas cooperativas.
Para atender esse público, os secadores de grãos têm de funcionar bastante. “Em 2006 foi adquirido um secador novo, de 100 toneladas/hora, acompanhado de outro em 2008, de 60 ton/h”, recorda Felipe, lembrando de quanto o secador original da unidade trabalhou em capacidade limite nas décadas anteriores. “O AGAVA vive cheio o ano inteiro”, acrescenta.
Seguindo a movimentação agrícola histórica do interior paulista, por quase 40 anos o milho foi o produto principal. “A partir de 2017 a soja passou a ser o carro-chefe da unidade”, conta o encarregado. Majoritariamente armazenada no silo horizontal, ela em média ocupa as dependências por dois terços do ano, com os períodos altos registrando a cada dia uma média de 90 caminhões na unidade, em um total de 2.000 toneladas/dia. Nesse período, a unidade trabalha 24 horas por dia.
Ao longo das décadas, a estrutura precisou se adaptar a certas flutuações do mercado. “Tivemos armazenagem de açúcar de 2014 a 2016, pois houve ano em que os cereais estiveram em baixa”, relembra Felipe.
Em tempos atuais, o transporte de culturas à unidade é totalmente rodoviário. “Precisamente em 2000 foi desativada a ferrovia”, conta Felipe. Nas duas décadas iniciais de funcionamento, os trilhos responderam por grande parte do movimento no AGAVA, que ficou com um ramal sem uso para contar história.
Mesmo nos caminhões, foram também surgindo mudanças que geraram mudanças e ideias futuras. “Nossa balança pesa bitrem”, conta Felipe, lembrando do plano de contemplar os rodotrens quando for possível.
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