31/10/202210:05:44
Estando entre as maiores unidades armazenadoras da CEAGESP, o Graneleiro de Tatuí (AGTAT) foi inaugurado em outubro de 1976, quando o diretor presidente era José Henrique Turner. A empresa responsável pela construção foi a Enterpa. É uma das maiores unidades da estrutura armazenadora da empresa, com 100 mil toneladas de capacidade estática, dividida em dois graneleiros de 40 mil toneladas e um silo de 20 mil.
“No início a unidade era voltada aos pequenos e médios produtores agrícolas”, conta João Roberto Peixoto, que trabalha na empresa desde 1980, tendo iniciado sua carreira como conferente e hoje em dia é técnico operacional da unidade. “Lembro-me de que eram mais de 150 que guardavam suas colheitas na CEAGESP. Vinham de charretes, tratores e caminhões, geralmente com produtos ensacados”, recorda-se, ainda que houvesse também empresas maiores que deixavam sua produção estocada no AGTAT desde aqueles primeiros tempos.
Com o tempo, os clientes foram crescendo de tamanho, pois mesmo os pequenos produtores individuais passaram a trabalhar de forma associada. “Foram aumentando as cooperativas e grandes empresas, sendo poucos os clientes que beneficiam seus produtos ensacados”, conta João Roberto. Por falar em ensacado, esta modalidade perdeu espaço ao longo dos anos, pois os cereais hoje chegam a granel.
A exemplo de outras unidades, o AGTAT também teve seu ramal para trens. “Nosso pátio era cheio de vagas e na maioria, uns 90%, era trigo sendo descarregado. Em média eram 75 vagões/dia de carga e descarga”, recorda, lamentando que o sistema de ferrovias não seja mais usado. “Infelizmente não temos mais vagões há mais de 20 anos”.
A mudança passou a vir pelas estradas, com o advento das carretas graneleiras e seus irmãos maiores bitrens e rodotrens. O que continuou inalterado foi o trigo como carro-chefe da pauta de produtos, sendo favorecido pelo fato de haver um moinho do outro lado da rodovia SP-141. “Inclusive a Bunge tem três carretas fixas, que puxam uma base de 700 a 800 toneladas/dia, em um percurso de ida e volta”, relembra João Roberto.
Ainda que esse grão seja o produto mais armazenado na unidade, milho e soja também encontram lugar nas dependências e já se chegou a experimentar diversificar a pauta. “Há uns 30 anos chegaram a fazer um barracão para guardar café ensacado, mas não durou muito tempo. Chegaram a guardar também arroz, mas foi só aquela época”, conta o técnico.
Entre as alterações que a unidade teve ao longo de seus anos, a mais marcante foi a nova sala de classificação na balança 1 e a plataforma para coleta de grãos inaugurada em setembro de 2021, que otimizou o tempo. “Na época de safra, podem vir uns 90 caminhões por dia”, recorda João. Em média, os pontos altos da safra de trigo registram 2 mil toneladas diárias.
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