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Localizada em terreno de 144.892,79 m², a Unidade Armazenadora de Tupã (AGTUP) traça seu início de construção em 1978. “A primeira etapa foi iniciada em julho daquele ano e concluída em março de 1980”, conta Heraldo Mirhan Vaz, engenheiro civil hoje responsável pela manutenção civil e que esteve no canteiro quando a obra começou a ser erguida.
Os primeiros 5.253 m² de área construída tinham como principal instalação o silo horizontal, que ocupa 2.346 m² e é complementado pela torre de operações, com 1.483,80 m². “No decorrer das obras houve uma diminuição no ritmo dos serviços devido a tratativas da Enterpa Engenharia, a empresa contratada, para liberação pela Infraero, pois a torre teria a altura de 50 metros e estava próxima à aproximação do aeroporto local”, recorda o engenheiro.
Nessa primeira etapa também foram criadas instalações para a lida técnica, como um prédio com as balanças rodoviárias e ferroviária, um prédio para secagem de cereais e moegas (estruturas pelas quais os grãos são depositados por gravidade) rodoviárias e ferroviárias. Foram os trilhos inclusive a receber a primeira carga da unidade. “Lembro-me de que o primeiro recebimento foi por composição ferroviária da antiga Fepasa, que carregava trigo do antigo CTRIN, órgão pertencente ao Governo Federal”, recorda Heraldo.
Também era outro o perfil do agricultor. “Antigamente eram mais produtores pequenos e hoje vê-se mais grandes produtores”, conta Vadislau Ribeiro da Cruz, técnico administrativo da unidade e há mais de 30 anos trabalhando no AGTUP, em uma carreira na CEAGESP que já registra 41 anos de serviço. “Em janeiro de 1990 vim para cá. Na época havia muita movimentação de trigo”, lembra o funcionário, que iniciou sua carreira trabalhando no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP).
Ao contrário de outras unidades da rede, o AGTUP continua mantendo o milho como carro-chefe. “O forte era na safra de inverno e agora passou para o safrinha”, conta Vadislau. O regime climático da região também afetou a pauta do campo. “Estamos vendo uma mudança para o sorgo, devido ao menor número de chuvas”, acrescenta. As estruturas também já receberam açúcar em algumas ocasiões e a soja, que se tornou forte em outros armazéns, só agora começa a ser plantada na região.
Porém, a unidade ganharia sua maior força a partir dos anos 1980. “A segunda etapa foi iniciada em 1986 e inaugurada em maio de 1989, sendo construídas edificações que perfazem a área de 6.335,65 m²”, conta Heraldo. Foi quando surgiu o graneleiro de 40 mil toneladas, que ocupa 5.778,53 m², acompanhado de poço para os elevadores e um túnel, além de cobertura para o coletor de amostras, depósito de defensivos e uma ampliação da cobertura das balanças rodoviárias. Com todas essas obras, o AGTUP foi para uma área construída de 11.897,30 m².
A chamada “década perdida” também iria influir no ritmo dessa ampliação. “Houve uma paralisação nos serviços para tratativas da CEAGESP com a construtora Dall’Acqua devido a realinhamentos de preços unitários”, conta Heraldo. A razão disso foram os planos Cruzado I e Cruzado II, que aconteceram precisamente no ano do início das obras.
A exemplo de outras unidades da rede CEAGESP, há um desvio ferroviário, que no caso da unidade de Tupã tem 2,5 km de extensão e é interligado ao Tronco Oeste e viveu idas e vindas ao longo das décadas de funcionamento. “A ferrovia ficou parada de 1994 a 2006. Voltou em 2007 e 2008”, conta Vadislau. A desativação do ramal ocorreria em 2009, ano marcado pela crise econômica que afligiu principalmente os Estados Unidos.
Aprimoramentos também surgiram ao passar dos anos, como ampliação de uma das balanças rodoviárias, que passou de 80 para 120 toneladas, além de duas moegas terem sido elevadas para receber produtos em veículos basculantes. A segurança também foi alvo de ações, com a ampliação da rede de hidrantes. Complementando isso, um poço tubular profundo foi perfurado.
Entre implementações futuras, uma se encontra em curso. “Está sendo licitada a recuperação do sistema de termometria da unidade”, conta Heraldo.
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