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O início da existência do Armazém Silo de Presidente Prudente deu-se em 15 de janeiro de 1960, quando foi marcado o início de sua construção, mas a unidade só seria inaugurada em 21 de abril de 1962. A data também denuncia que a unidade surgiu antes mesmo de a CEAGESP vir ao mundo, tendo sido originalmente parte da CAGESP, uma das companhias que deu origem à empresa em 1969 ao se fundir com a CEASA.
“À época, como a quase totalidade de nossas unidades, foi construída à beira da ferrovia, o que permitia o escoamento da produção por esse modal”, conta Adilson da Silva, analista do Departamento de Armazenagem (DEPAR). Os trilhos foram tirados do leito ferroviário, mas ainda há como relíquia na unidade o ramal ferroviário que outrora foi usado. Além do acesso férreo, favorece a unidade o fato de estar localizada no quilômetro 562 da rodovia Raposo Tavares. “Temos uma área grande de terreno que fica em localização bastante estratégica. Se os caminhões precisam entrar, não vão passar pela cidade”, conta Maria Luiza Gomes da Cruz, técnica administrativa da unidade e funcionária da CEAGESP há 39 anos.
A unidade é composta de dois pavilhões de 2.500 m² que são interligados, além de quatro pavilhões de 596 m² cada. Com isso, há uma capacidade de armazenamento de 15 mil toneladas, que já recebeu os mais diversos usos. “Já armazenamos aqui ração, leite longa-vida, fécula de mandioca e estamos abertos não só para produtos agropecuários como também produtos industriais diversos”, conta Maria Luiza. Sendo armazém, opera com poucos funcionários, com dois para o administrativo e dois para o operacional, além de quatro terceirizados, dois na limpeza e dois na portaria.
Além dessas unidades, há o silo vertical, com capacidade para 5 mil toneladas, o que em média permite a 20 produtores guardarem seus cultivos. Ao longo de suas seis décadas de funcionamento, foi o lugar no qual o milho era armazenado.
A exemplo da região em que está inserido, o ASPRE também precisou mudar. “Antigamente não se ouvia falar de soja aqui, mas hoje a safra de verão é desse cultuivo e por isso estamos fazendo uma adaptação”, conta Maria Luiza sobre o projeto piloto em que se montou um aerador em parte do silo para receber esse cultivo, bastante dependente da aeração quando armazenado.
A exemplo do milho, a soja também receberá o tratamento completo conhecido nas unidades da CEAGESP. “Fazemos todo o processo de armazenagem, com recepção, limpeza e tratamento fitossanitário. Dificilmente um produto da roça vem seco”, conta Maria Luiza.
Além disso, em breve a unidade abrirá licitação. Pelo tipo de construção, vários podem ser os usos para os pavilhões. “Se uma empresa quiser fazer um centro de distribuição, é perfeitamente viável”, conta Maria Luiza, que também dá outros exemplos. “Se uma empresa de ração quisesse se instalar aqui, já temos um armazém pronto”, acrescentando que o espaço também pode ser usado para abrigar novos negócios. Entre os sonhos futuros, está o de ampliar a capacidade do silo.
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