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22/11/202111:05:04

CEAGESP também é interior – Bauru



Esta é a primeira matéria de uma série para mostrar que a CEAGESP vai para bem além da unidade paulistana e a importância que os entrepostos interioranos têm para a rede. Conheça a história desses entrepostos, o papel deles na rede e dados interessantes a seu respeito. Fazemos o convite para que embarque nessa viagem pelo interior paulista.

A unidade escolhida para estrear a série é a de Bauru (CEBAU). Inaugurado em 7 de março de 1979, o entreposto localiza-se no bairro Geisel, que com o passar dos anos abrigaria também o sambódromo local e o Hospital Estadual. “A construção teve início em 1978 e foi executada pela empresa Transpavi-Codrasa”, conta Heraldo Mirhan Vaz, engenheiro civil desde 1976 e membro do Serviço de Obras do antigo Departamento de Engenharia, que a época fiscalizou a obra. “Cheguei ao canteiro em um Fusca 1300 branco, modelo top para a época, e o único que existia”, diverte-se.

No início, eram onze edificações no terreno de 100 mil m² e Bauru ainda “não havia chegado” à área da CEBAU, como conta Heraldo: “o prolongamento da avenida Nações Unidas ligando ao centro da cidade e às rodovias Marechal Rondon (SP-300), Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) e João Batista Cabral (SP-225) estava ainda em fase inicial de construção”.

A construção do entreposto estava dentro de uma euforia com construção de obras de infraestrutura na época. “O Brasil inteiro era, assim como a CEAGESP, um canteiro de obras”, relembra Heraldo, que também acompanhou outras construções ocorridas na mesma época em outros lugares.

O transcorrer da obra não teve maiores sobressaltos, mas a curiosidade foi a de ter sido inaugurada duas vezes. “A primeira ocorreu pouco antes de o governador Paulo Egydio Martins deixar o cargo e só tinha um círculo de asfalto, onde pousou o helicóptero da comitiva”, conta Heraldo. “A outra foi no final das obras, pelo governador em exercício, Paulo Maluf”, completa. Comentários da época dão conta de disputa interna na Arena, o partido de situação naqueles tempos de regime militar. À época, a CEAGESP era empresa estadual.

Obras maiores foram realizadas em 1999, com a inauguração do Galpão de Flores e seus 1.320 m². Esta passou a se somar às outras estruturas que já existiam: prédio da administração, Pavilhão de Comercialização Central (GC), pavilhões dos Boxes de Comercialização (GPs A e B), conjunto da torre do Reservatório Superior, com 250 mil l de água, Reservatório Subterrâneo, com 1,1 milhão de litros, prédio com sanitário público e depósito, prédio das portarias, conjunto de balança rodoviária e cabine e cabine de transformação.

“Em 2012, uma área pertencente à CEAGESP localizada nos fundos abrigou uma unidade da Rede Atacadão, que incrementou as receitas da CEBAU”, conta Heraldo. Esse implemento hoje ocupa 32.282 m² do terreno. Ao longo de muitos anos, houve também mudanças importantes, como as mais recentes, envolvendo mudanças na destinação dos resíduos, combate ao mosquito da dengue e reforma de banheiros. “Foi um desafio na minha gestão, mas melhorou muito. Eles acomodam o lixo em tambores e sacos plásticos”, conta Cezira Helena Viotto, atual gerente do entreposto. Também foram repintadas as vagas de estacionamento e aprimorada sua separação conforme especificidades de idade e deficiência física.

Para ela, funcionária de carreira desde 1987 e primeira mulher a assumir o posto, a nova função, exercida desde 13 de novembro do ano passado, apresentou desafios. “Assumi a unidade em um momento difícil e tivemos de reformar o banheiro, que foi uma das cobranças maiores”, conta. Entre as mudanças, a que mais gerou demanda envolveu o encaminhamento dos resíduos produzidos. “Os permissionários não tinham consciência de separar o lixo e colocá-lo em lugares próprios. A gente está conseguindo e melhorou muito”, conta a gerente. Dentro de um contexto envolvendo higienização, também ganha destaque o aumento no número de lavagens dos pavilhões e de torneiras ao longo do entreposto. “Foi melhoria que agradou a todo mundo”, conta Cezira sobre um ano bem intenso em que também se implantou o conceito de manutenção preventiva na unidade.

A CEBAU responde por 1,9% do movimento da rede CEAGESP, com um volume anual comercializado de 81,8 mil toneladas e média mensal de comercialização de 6,8 mil toneladas. Os principais produtos vendidos em suas dependências são batata, banana, tomate, laranja e cebola. “Abri vagas para pequenos produtores. Hoje está praticamente 100% de ocupação”, conta Cezira a respeito de um novo tipo de permissionário que surgiu nos últimos tempos. “Havia muita procura por pequenos produtores e consegui abrir espaço para eles”.




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