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Com o Banco CEAGESP de Alimentos araraquarense, a relação da Vila Vicentina vem desde setembro de 2013, quando foi recebido o ofício solicitando recadastramento. Somente no ano passado, foram 770 kg de alimentos entregues divididos em oito entregas. Porém, a história da casa de repouso para idosos já tem quase 79 anos de vida, tendo sido sua fundação em 1º de agosto de 1943.
A filantropia é ligada à Sociedade de São Vicente de Paulo local e o trabalho envolve pessoas acima de 60 anos que tenham vulnerabilidade social ou pessoal. Atualmente, são 62 os residentes e a ênfase no trabalho é para aqueles que estejam lúcidos ou com baixo grau de dependência. Considerando essa situação e pensando na privacidade deles, ficam abrigados em chalés no terreno, de modo a deixar sua rotina o mais parecido possível àquilo que teriam se morando em uma residência normal.
“A maioria é bem independente”, conta Vanda Maria Stanganini Siqueira, nutricionista da instituição há quatro anos. Aqueles que têm alguma dependência maior acabam ficando em um pavilhão, que hoje em dia abriga 12 pessoas e tem uma enfermaria
“Muitos a gente acolhe da rua, outros não têm família mesmo e muitos deixam o idoso lá e não vêm visitá-lo. É uma pena”, conta Sérgio Luiz Carvalho, vice-presidente da entidade. No caso daqueles que têm família presente, é realizado um estudo para se apurar a real necessidade de aquele idoso ser acolhido.
Por causa da pandemia, há também as dificuldades de se visitar os internos. “Os familiares podem visita-los pela grade, na qual pusemos um plástico transparente para a segurança, pois a maioria têm comorbidades e saúde frágil”, conta Sérgio. Há também a disponibilização de telefone e tablet para que eles se comuniquem com os entes queridos.
A situação vinda desde 2020 não interrompeu o funcionamento da Vila Vicentina, mas houve queda de doações, até porque muitos dos voluntários acabaram tendo problemas para se sustentar. A principal conquista foi a de que nenhum idoso da instituição perdeu a vida devido à Covid-19. Para além disso, a instituição é sustentada pelo bazar e pelos chamados vicentinos, nome dado aos associados da obra que contribuem regularmente.
Ao longo do dia, seis são as refeições dos idosos, duas as dos 38 funcionários e os alimentos vindos do BCA ajudam a aumentar a variedade daquilo que vai ao prato. Certos hábitos surgidos da idade avançada acabam por se manifestar e Vanda toma suas providências para que os atendidos tenham uma refeição variada e saudável. “Tem os que comem bem e os que comem pouquinho”, conta a nutricionista. Com aqueles que só querem comer doces, as frutas viram vitamina para que os idosos tenham suas doses de fibra e nutrientes, enquanto aqueles que recusam saladas cruas acabam por consumir verduras e legumes em sopas. O refeitório, por sinal, é o principal ponto de encontro dos atendidos.
Ainda que esses idosos sejam bem autônomos, há alguns que sofrem com certos graus de demência, sendo necessário passar no chalé para verificar se está tudo fluindo bem. “Às vezes eles se esquecem de que almoçaram, mas a gente dá um jeito”, conta Vanda. Às vezes, o esquecimento é perto do horário de algum refeição, que acaba sendo antecipada para aquele interno que não se lembrou de que havia comido.
Considerada entidade de relevância social e de interesse público, a Vila Vicentina também conta com a ajuda de voluntários que doam seu tempo para dedicar uma atenção aos atendidos. Interessados em ajudar a obra podem acessar a página da entidade e contam com os seguintes contatos:
Vila Vicentina Araraquara – Obra Unida à Sociedade São Vicente de Paulo
Rua São Vicente de Paulo, 252, Vila Santa Maria, Araraquara (SP)
CEP 14810-050
e-mail: vilavicentinasocial@gmail.com
Tel.: (16) 3322-0788
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