A Casa da Criança Betinho é uma filantropia espírita que funciona desde 1979, mas sua ideia data de 1952. O nome da entidade alude ao apelido de um menino cujos pais doaram o terreno onde hoje é feito um trabalho focado em crianças e adolescentes com paralisia cerebral. “O Betinho era uma criança saudável e manifestou o desejo de ser médico, mas veio depois a falecer”, conta Regina Damásio Porto da Silva, assistente administrativa da entidade há seis anos.
Com isso, seu pai, Job Teixeira da Silva, comerciante na região do Belenzinho, sentiu que deveria continuar com a ideia de seu filho, à época do falecimento com apenas 7 anos. Um dos grandes ajudantes foi Paulo Aldo da Graça, seu amigo. Job pôde viver para ver o sonho se tornar realidade e hoje a entidade é presidida por sua filha, Joceleine Teixeira Costa, que nasceu cinco anos após a perda do irmão.
A obra teve seu início de construção em 1964, com recursos obtidos de ações arrecadatórias realizadas nos muitos centros espíritas de São Paulo, como churrascos, campanhas e jantares, que permitiram a aquisição do terreno de 2.500 m² e o começo de uma infraestrutura que cuja arrancada para a conclusão viria em 1977, após auxílio do governo paulista. Foi inaugurada em 6 de outubro de 1979, com o acolhimento de 50 pacientes. Hoje em dia, abriga 69 atendidos, a maioria abandonada pela família, e a capacidade total é de 72 pacientes. “Tenho aqui desde criança de 1 ano a adulto de 42”, conta Regina.
Os pacientes, que residem na entidade, são internados com autorização do SUS. Desses, 30 têm os quadros mais severos de paralisia cerebral. Em seu acolhimento, recebem atendimento médico nos campos neurológico e pneumológico, bem como fisioterapia, acompanhamento nutricional, psicológico, serviço social e enfermagem 24 horas por dia. A entidade tem um total de 151 funcionários. Além do cunho minimizador do sofrimento vindo de tal quadro, a Casa Betinho também faz trabalhos de inclusão social de seus pacientes.
Declarada de utilidade pública nos campos municipal, estadual e federal, recebe pacientes encaminhados pela Secretaria Municipal da Saúde e do Fórum da Infância e Juventude de São Paulo. Também recebe encaminhados de outros municípios.
A pandemia afetou a entidade principalmente no campo financeiro. “Com esse número de desempregados ficou difícil para todo mundo. Aqui ajudavam em função de nossas contas de consumo e são valores elevados”, conta Regina. As doações financeiras funcionam por meio de Pix e boleto de contra-apresentação.
A história da Casa da Criança Betinho com o Banco CEAGESP de Alimentos iniciou-se em 4 de dezembro de 2019, data do ofício recebido. Até o presente momento já foram 22 entregas, em um total de 6.522 kg. Os maiores gastos da entidade estão em luz, água e oxigênio, além de um grande gasto com a rotina de cuidado de seus pacientes. “A maior despesa é luva de procedimento, que dobrou de preço na pandemia”, conta Regina.
Atualmente, estão aceitando doações de remédios, materiais hospitalares, roupas novas ou usadas em bom estado, produtos de limpeza e higiene e eletrodomésticos que estejam funcionando perfeitamente, além de também fraldas geriátricas e itens da cesta básica. Para interessados em ajudar a obra, seguem os contatos:

Casa da Criança Betinho – Lar Espírita para Excepcionais

Rua Vacanga, 300 – Vila Carrão, São Paulo/SP
CEP 03433-025
e-mail: casabetinho@uol.com.br
Tel.: (11) 2782-7366