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14/1/202201:08:50

Para onde vai a doação da CEAGESP: Patrulha da Violência Doméstica


O cadastro no Banco CEAGESP de Alimentos data de 11 de abril de 2016 e, entre 17 de dezembro de 2019 e 21 de dezembro de 2021, foram 26 entregas e um total de 15.413 kg. “Por incrível que pareça, o alimento é um dos fatores que inibe a mulher de se encorajar a sair do ciclo de violência, porque ela depende do agressor”, conta Edvan Santos, presidente e fundador da Associação Patrulha da Violência Doméstica.

Ex-policial, conta que dois casos em sua carreira nas ruas foram decisivos para que decidisse criar a associação, o primeiro envolvendo uma garota de 20 anos, que vinha sendo repetidamente agredida. O outro caso envolveu uma menina de seis anos que fora vítima de violência.

Fazer uma associação de defesa das mulheres acabou também tendo por cunho atender um espaço que Edvan via não ser atendido da maneira que considerava adequada. Com isso, surgiu a Patrulha, cujo foco é compreensivo e envolve atendimento jurídico e psicológico às vítimas.

“Não é questão de prender o agressor que tira a mulher do ciclo de violência. Precisa capacitá-la, dar condições e fazer políticas públicas”, contra o fundador da associação. A Patrulha vem fazendo sua parte na forma de convênios com universidades e fornecimento de cursos profissionalizantes. “Tem umas que se formaram em serviço social, direito e psicologia. A grande maioria acaba dedicando sua vida à própria questão que passou”, conta. Ainda como forma de porta de saída, também arrecadam aparelhos elétricos e eletrônicos, com o fim de facilitar a montagem de novas casas para aquelas que são atendidas.

Com o tempo, algumas atendidas também passaram a ajudar, como em um caso ocorrido recentemente. “Tem uma que falou para a gente que ia pegar alimento até dezembro. Chegou janeiro, ela conseguiu emprego e disse que queria doar para a entidade”, conta Edvan.

Ao longo desses anos lidando com o assunto, Edvan também vê alguns padrões que se repetem, como o de tipo de homem agressor. “O cara vê a mulher como objeto”, conta. Dentro da ponte envolvendo o sustento de um lar, há mulheres que acabam fazendo vistas grossas à agressão que sofrem por causa dos filhos, sem notar o exemplo que a eles estão dando e que pode gerar problemas futuros. “A gente tem um estudo de que adolescente começa a achar normal bater na namorada”, diz.

Edvan também conta do trabalho de prevenção no ambiente de trabalho. “A gente faz palestras de conscientização do homem em empresas”, destaca. Essas palestras também são promovidas dentro de processos de transação penal. “No fórum de São Miguel Paulista fazemos um trabalho nesse sentido”, finaliza.

Interessados em ajudar podem acessar a página da Patrulha, além de terem os contatos abaixo:

Associação Patrulha da Violência Doméstica
Rua Sete Lagoas, 49, Penha, São Paulo (SP)
CEP 03637-020
e-mail: contato@odefensordasmulheres.com.br
Tel.: (11) 2082-1196




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