28/5/202005:05:36
Desde o início da pandemia causada pela Covid-19 e das restrições impostas pelo isolamento social, que afetaram diretamente os hábitos de consumo, a frequência de compras, importantes segmentos de comércio e serviços,entre outras atividades, a CEAGESP e seus permissionários vêm se adequando aos tempos atuais e provendo o abastecimento de hortifrutícolas na grande São Paulo, interior e outros estados.
No período das restrições impostas pelo governo do estado de São Paulo, no final de março, houve temor em relação ao possível fechamento do entreposto. Assim, permissionários e compradores promoveram a antecipação da comercialização em razão das fake news sobre a possível paralisação das atividades. Desde o início da pandemia, no entanto, a CEAGESP reitera e divulga que o abastecimento foi considerado “atividade essencial”.
Algumas mudanças foram percebidas, quais sejam:
Com a diminuição do volume de compras por restaurantes, bares, hotéis, escolas, distribuidores e outros segmentos afetados diretamente pelas restrições geradas pela COVID-19, os supermercados, grandes redes e até pequenos estabelecimentos localizados nos bairros, bem como as lojas de hortifrúti, aumentaram os volumes de compra.
Com as saídas menos frequentes, consumidores optaram por estabelecimentos que concentram um mix maior de produtos, como FLV, mercearia, limpeza, laticínios e etc. Desta forma, conseguem realizar as compras em um único local, diminuindo as saídas e mitigando riscos.
Acentuou-se a concentração da comercialização às segundas, quartas e sextas-feiras, historicamente, dias com maior volume ofertado na semana. Terças, quintas e sábados apresentaram redução do volume de vendas e frequentadores.
Em relação às vendas diretas ao consumidor, cabe informar que os varejões da CEAGESP têm operado normalmente mesmo com a queda do número de frequentadores. Em parceria com a FAESP, SENAR AR/SP, SEBRAE-SP, UNIÃO NACIONAL DOS FEIRANTES, PRODUTORES E COMÉRCIO E ASSOCIAÇÃO DOS FEIRANTES PRODUTORES E COMÉRCIO, foi criado um Guia de Recomendações para o funcionamento das Feiras Livres e todas as boas práticas de funcionamento nos Varejões da CEAGESP estarão submetidos a ele.
Mesmo com estes novos cenários, os permissionários da Ceagesp continuaram mantendo a oferta de hortifrútis constante, assegurando o abastecimento regular no entreposto.
O setor de pescados, visando reduzir os riscos e também os custos de compradores e permissionários, após acordo entre CEAGESP e Sindicato da categoria, reduziu os dias de comercialização no setor, que passou a funcionar somente às terças, quintas e sábados. Esta redução na frequência não afetou as vendas do setor. Ao contrário, o setor registrou números superiores aos praticados em 2019 durante toda a quaresma e semana santa, época de maior consumo do setor.
O setor de flores não teve o mesmo êxito. A demanda caiu acentuadamente no setor impulsionada pelo cancelamento de eventos, casamentos, aniversários, confraternizações, etc. Até mesmo os velórios tiveram o número de frequentadores limitados. Assim, houve a suspensão das atividades por aproximadamente 30 dias.
Foram retomadas somente 15 dias antes do “dia das mães”, principal data do setor. Com o retorno, o setor pôde recuperar parte das perdas decorrentes da redução do consumo.
Volume comercializado: Em abril, pico do isolamento e restrições até o momento, foram comercializadas 241.849 toneladas. Este volume representa uma retração de 6,2% em relação à média do primeiro trimestre de 2020, que ficou em 257.741 toneladas.
Em relação a abril de 2019, quando foram negociadas 267.601 toneladas, a queda no volume de entrada em 2020 foi de 9,6%. O primeiro gráfico abaixo demonstra o volume comercializado no primeiro quadrimestre.
O setor de verduras registrou a queda mais acentuada. Com o fechamento das escolas, dos restaurantes, principalmente os do tipo self service, da limitação das folhosas em entregas delivery, que murcham e perdem qualidade, a demanda do setor foi bastante afetada.
Já as frutas, legumes e diversos (alho, batata, cebola e ovos) tiveram reduções pouco expressivas no volume comercializado, ainda mais se considerarmos que o mês de abril teve dois feriados e menor número de dias úteis.
Preços: O índice CEAGESP fechou o mês de abril com queda de 1,43%. No ano, o indicador acumula baixa de 3,37% e, nos últimos 12 meses, recuou 12,15%. Com a queda dos preços, que favorece o consumo e o controle inflacionário, mas, descapitaliza os produtores rurais, o fluxo financeiro envolvido na comercialização também registrou redução.
Em abril, o fluxo financeiro no ETSP foi de R$ 619 milhões, ou seja, 4,3% menor que a média do primeiro trimestre de 2020 que ficou em R$ 647 milhões. O segundo gráfico abaixo ilustra a movimentação financeira no entreposto no primeiro quadrimestre.
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