Ao longo dos últimos meses, os 202 abrigos de hidrantes espalhados pelo Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) estão passando por manutenção. 41% deles já estão prontos e  e a previsão de conclusão da manutenção é para fevereiro, conforme disponibilidade de peças e tintas para a restauração.

O procedimento está sendo feito devido ao desgaste dos dispositivos, além de levar em conta funcionalidade e visual. Esses abrigos são majoritariamente feitos de concreto para que resistam a eventuais impactos dos carrinhos que circulam pelo entreposto, em trabalho vem sendo coordenado por Pedro de Souza Dias, profissional de serviços operacionais da Seção de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). “A gente primeiro lava, depois pinta, recupera e reequipa. Colocamos equipamentos novos: mangueira, bico, cadeado etc.”, relata.

Um dos desafios nessa manutenção está no próprio ritmo do entreposto, com os trabalhos concentrando-se mais nos fins de semana, principalmente nos sábados. Os pavilhões que estão totalmente em ordem nesse quesito são MFE-A, MFE-B e MFE-C, totalizando 37 hidrantes. “Ainda temos bastante trabalho, pois estamos recuperando os hidrantes do pavilhão HFS”, acrescenta Pedro.

Os abrigos seguem também o padrão de ter portas de vidro, implementadas em 2015 e com o objetivo de facilitar operação e localização dos componentes em caso de necessidade. No início foram alvo de resistência de quem tinha receio de um aumento na facilidade de ver os componentes metálicos, mas até hoje foram poucos os problemas justamente pelo efeito conhecido por vigilância pelos vizinhos.

O processo de manutenção e vistoria é constante. Quando um bombeiro civil do ETSP inicia seu expediente, sua primeira tarefa é a de correr todos os sistemas para ver se há alguma estrutura necessitando atenção.

Além disso, a cada semestre todas as 513 caixas d’água do ETSP, sejam elas pertencentes à CEAGESP ou particulares, são vistoriadas, em procedimento que segue as portarias nº 518/2004 e 2914/2011 do Ministério da Saúde, bem como a CV nº 6/2011 da Vigilância Sanitária do estado de São Paulo. Para teste de potabilidade, também é coletado conteúdo de cada um dos reservatórios, gerando um certificado que é mandado a todos os permissionários, conforme determinação da Anvisa. Caso haja necessidade de reparos, já é emitido um alerta.

Considerando a época do ano, a orientação é de manter tudo tampado, caçar vazamentos, avaliar a estrutura e a situação da tampa. Com isso, são prevenidos riscos de formação de criadouros de mosquitos ou depósito de dejetos de pássaros que porventura voem sobre reservatórios destampados.

A parte referente às caixas d’água é de realização exclusiva da SESMT, enquanto nos hidrantes há a parceria com as equipes operacionais da Seção de Manutenção Mecânica (SEMAM) e da Seção de Serviços e Apoio à Reciclagem (SESAR). Entre os planos futuros, dessa vez para as unidades interioranas, está o de padronizar os hidrantes, muitos ainda feitos de metal, para o mesmo tipo usado no ETSP.