Cotada em 21/10 pela Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES) a R$ 2,86/kg, a manga Palmer é o produto destaque da semana, tendo apresentado redução média anual de 39,9% no atacado ao se comparar com os R$ 4,75/kg da mesma época do ano passado. Além disso, apresentou redução média mensal de 10,0%.

Fazendo parte da paisagem brasileira desde 1700, a manga (Mangifera indica L.) pertence à família Anacardiaceae e é nativa da Ásia Meridional e dos arquipélagos indianos. Não por acaso, foi na Índia seu primeiro cultivo, datando de mais de 5 mil anos, enquanto os primeiros plantios fora de sua área nativa datam do período entre 622 e 645 a.C. Veio para o Brasil após as navegações portuguesas naquela região.

Sendo fruta de clima tropical, adapta-se bem a lugares com estações secas e chuvosas mais ou menos definidas e temperaturas médias de 20 a 29ºC. Essas são as condições predominantes no estado americano da Flórida, onde, em 1945, surgiu a variedade Palmer, que foi introduzida em nosso país pouco tempo depois, na década de 1960.

Visualmente, a Palmer tem formato elíptico, coloração de casca variando entre o verde e o arroxeado quando ainda imatura e uma tonalidade vermelha escura quando madura. Sua consistência é firme e suculenta, apresentando sabor adocicado e poucas fibras, além de não ter fiapos e seu caroço ser menor que o de outras mangas. Para fins comerciais, tem boa vida de prateleira, sendo resistente a danos mecânicos, doenças e transporte de longa distância. Essas são algumas das razões de sua boa aceitação no mercado brasileiro.

Rica em vitaminas A, complexo B e C, é uma das frutas recomendadas para fortalecer o sistema imunológico e evitar inflamações, contando com compostos como polifenóis, carotenoides e minerais como ferro, fósforo, magnésio e potássio. Para quem quer emagrecer, as fibras geram o benefício de aumentar a sensação de saciedade.

Mais comum de ser consumida in natura, pode também virar suco integral, polpa congelada, sorvete e doces. Ao contrário da crendice popular, ela pode ser consumida com leite e inclusive existem produtos lácteos que fazem essa combinação.

Ao longo de 2023, deram entrada 48.034 toneladas de manga Palmer no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), com os meses de comercialização mais forte indo de outubro a fevereiro. 68,4% desse volume vieram da Bahia, com o estado de São Paulo na vice-liderança, com 12,4%. O terceiro lugar é de Pernambuco, com 9,8%, seguido de perto por Minas Gerais, com 9,3%. Essas origens também têm reflexo no ranking dos municípios que mais enviaram a fruta:

1. Livramento do Brumado (BA) (14.578, ou 30,3%);
2. Juazeiro (BA) (6.730, ou 14,0%);
3. Dom Basílio (BA) (5.607, ou 11,7%);
4. Petrolina (PE) (4.652, ou 9,7%);
5. Nova Porteirinha (MG): (2.918, ou 6,1%);
6. Xique-Xique (BA) (1.570, ou 3,3%).

Para fazer bons negócios, consulte os dados de contato dos comerciantes de manga Palmer no GUIA CEAGESP clicando aqui.