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03/07, quarta-feira, foi um marco na história da CEAGESP, pois pela primeira vez uma mulher assumiu cargo de direção. Mylene Gambale passa a responder pela Diretoria Administrativa e Financeira da Companhia. “Em termos profissionais, é um grande desafio. É coroação de uma carreira de mais de 20 anos na área pública, iniciada em 2001”, conta a nova diretora.
Seu currículo é extenso, com mais de 30 anos de experiência. Graduou-se em Direito em 1992 na Universidade de São Paulo (USP), tendo atuado como advogada em escritório privado até 2001.
No serviço público, tem uma longa lista de cargos exercidos e o início foi como superintendente jurídica da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB) de 2001 a 2004. “A COHAB, empresa pública municipal, tinha uma estrutura semelhante à da CEAGESP, com diretorias, Conselho de Administração, Conselho Fiscal, etc. Tenho daí a experiência de lidar com uma estrutura societária empresarial”, relembra Mylene.
Foi também assessora parlamentar na Câmara Municipal de São Paulo entre janeiro de 2005 e março de 2006. Em abril de 2006, cruzou o limite municipal e foi assessora técnica legislativa da prefeitura de São Caetano do Sul, cargo exercido até dezembro de 2012.
Ainda no ABC, foi secretária de Assuntos Jurídicos da prefeitura de Santo André de janeiro de 2013 a dezembro de 2016, voltando a São Caetano do Sul para ser assessora técnica legislativa da prefeitura, de janeiro de 2017 a agosto do mesmo ano, quando passou a controladora-geral do município, ficando de setembro de 2017 a dezembro de 2021. “Nessa experiência tive bastante contato com a Controladoria-Geral da União (CGU), que sempre apoiou muito nesse trabalho de governança, integridade e ouvidoria”, relembra.
Enquanto controladora-geral de São Caetano do Sul, participou da fundação da Rede Paulista de Controladorias Municipais (REPAC), da qual foi secretária executiva. Entre fevereiro e julho de 2022, foi gerente de Controle Interno da Fundação do ABC.
Além disso, foi conselheira deliberativa da seção paulista da Associação Brasileira de Ouvidores (ABO). “Em cada lugar que você passa, consegue aplicar esses conhecimentos e ampliá-los, pois somente na prática conseguimos ter essa experiência, que não é passada nas faculdades”, declara.
Além da atuação no campo prático, é pós-graduada. “Tenho especialização em Gestão de Cidades e estou concluindo mestrado em Compliance e Direito Corporativo”, lembra. “Esses cursos dão muita bagagem nessa parte orçamentária, de licitações e controles internos. Tudo se complementa e a experiência diária dá essa vivência”.
Desde 2023 na CEAGESP, iniciou sua jornada acumulando o Departamento Jurídico (DEJUR) e no Departamento de Administração de Recursos Humanos (DEARH). Neste último, acabou se fixando como gerente. “Nunca havia atuado antes na área federal, mas a administração pública de qualquer esfera norteia-se pelos princípios constitucionais da moralidade, impessoalidade e legalidade, entre outros”, acrescenta.
Sobre os desafios que enxerga enquanto diretora, vê a relação entra a CEAGESP e os comerciantes como algo importante. “Que, com a saída da CEAGESP do Plano Nacional de Desestatização (PND), a Diretoria consiga fazer os investimentos fluírem para melhorias nas condições dos entrepostos e dos armazéns. O grande diferencial desta gestão deve se dar também no cumprimento da função social da empresa, com a implementação das políticas públicas propostas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para permitir que a alimentação saudável e de qualidade chegue para toda a população, principalmente aos mais necessitados”, declara.
“Que eu seja a primeira mulher de muitas que possam contribuir para a boa governança da CEAGESP”, diz. “Agradeço ao MDA pela indicação e pela aprovação do meu nome nos diversos órgãos do Governo Federal incumbidos dessa análise, como a Casa Civil e a Secretaria das Relações Institucionais, além de agradecer a confiança dos membros do Conselho de Administração da Companhia (CONSAD), do diretor-presidente Jamil Yatim e do diretor técnico operacional José Lourenço Pechtoll. Agradeço também os funcionários do DEJUR e do DEARH, nos quais fui muito bem recebida e acolhida e levo importantes aprendizados”.
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