A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) recebeu, na quarta-feira da semana passada, 15/05, a representante da ONG internacional de ação climática WRAP (em inglês Waste and Resources Action Programme, ou seja, Programa de Ação de Resíduos e Recursos) para reunião com foco na busca de parcerias para iniciativas em território brasileiro.

A gerente de alianças internacionais da WRAP, Carolina Fernández, reuniu-se com o diretor técnico operacional da CEAGESP, José Lourenço Pechtoll, e com o assessor técnico Luiz Henrique Bambini. No Brasil, a ONG internacional pretende desenvolver trabalho de combate ao desperdício de alimentos.

A CEAGESP pode auxiliar na busca por potenciais parceiros locais, tanto no setor público quanto no privado ou, ainda, no terceiro setor. “O objetivo da reunião foi identificar parceiros para essa agenda, visto que a CEAGESP concentra uma forte circulação de alimentos e onde pode ocorrer desperdício de alimentos”, destaca Bambini.

Durante a reunião foram apresentadas as ações da WRAP, criada em 2000 e com sede no Reino Unido, que já tem iniciativas bem-sucedidas de combate ao desperdício de alimentos em países como Estados Unidos, Austrália, México e África do Sul.

De acordo com a representante da ONG, trata-se de um “Acordo Voluntário contra a Perda e Desperdício de Alimentos” que busca organizações respeitadas e imparciais no Brasil para serem parceiras locais. Entre os requisitos para a parceria estão: compreensão do contexto local, conexão ao sistema alimentar, capacidade de interação com os setores público e privado, recrutamento e mobilização de outras partes interessadas, entre outros.

As iniciativas da ONG visam contribuir com a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) que, no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 12, por exemplo, trata da mudança de padrões de consumo e de produção com base no desenvolvimento econômico e social sustentável. “A meta da ODS 12.3 da ONU é reduzir pela metade o desperdício global de alimentos per capita nos níveis de varejo e consumidor e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e fornecimento, incluindo as perdas pós-colheita, até 2023”, mencionou Carolina Fernández em sua apresentação.