Na manhã de 10/09, quarta-feira, o segundo dia do Coopera Mais Brasil teve o painel “Oportunidades e desafios em tempos de Tarifaço”, no qual José Lourenço Pechtoll, diretor-presidente da CEAGESP, foi um dos expositores, acompanhado de Fernanda Machiavelli, secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); Hideraldo Silva, presidente da Ceasa Minas; Laudemir Müller, gerente do agronegócio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX); Arnoldo Campos, diretor da  Diretoria de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Dirab-Conab); e Geivane Santiago Oliveira, conselheiro titular da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bahia (Unicafes Bahia). A mediação coube a Ana Terra, secretária de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do MDA, e Gervásio Plucinski, membro da diretoria da União Nacional das Organizações Cooperativistas Solidárias (Unicopas).

Em sua exposição, Pechtoll mencionou que as cooperativas e entidades assemelhadas, como as associações de pescadores, podem ter papel importante ao fazer parcerias tanto com entes como a Conab como também secretarias municipais de Abastecimento e Agricultura, além das próprias centrais de abastecimento, que podem receber cargas que originalmente seriam destinadas aos Estados Unidos. Os cuidados já adotados para a boa exportação, como o uso de câmaras frigoríficas, podem perfeitamente ser ressignificados para o mercado nacional.

Dentro do âmbito da segurança alimentar e das compras públicas, as políticas relacionadas à segurança alimentar e nutricional podem desempenhar papel importante no redirecionamento desses produtos. “Temos entidades assistenciais e cozinhas solidárias”, exemplificou, lembrando também do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Usem esses canais, além daqueles disponibilizados por prefeituras e governos estaduais”.

Sobre o papel das centrais de abastecimento, o diretor-presidente da CEAGESP fez apelo no mesmo sentido. “Elas podem se tornar elo estratégico para redirecionar esses excedentes da exportação, assumindo papel logístico, articulador e redistributivo. O sucesso da proposta depende de integração federativa, parcerias locais e foco na segurança alimentar urbana”, acrescentou. O 2º Coopera Mais Brasil vai até a quinta-feira, 11/09.