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Sabe-se que o pêssego é originário do Velho Mundo, mas não exatamente de onde. Um nome antigo da fruta, maçã-da-pérsia, veio precisamente da crença de que os romanos haviam trazido a fruta da antiga Pérsia em suas rotas. Ainda nos longos caminhos em lombos de animais, outra possibilidade é a de que tenha vindo primeiro da China e depois ido para a Pérsia, via Rota da Seda. Na China, o pessegueiro é considerado símbolo de longevidade.

Ao Brasil chegou em 1532, sendo que à época já era cultivo na Ilha da Madeira. Veio com Martim Afonso de Souza, significando que nas capitanias já era cultivado. Na longa história da fruta em terras brasileiras, a variedade que abordamos neste texto, a Kampai, tem a honra de ser o primeiro cultivo no país a receber certificado de proteção.

Em comparação a outras variedades de pêssego, a Kampai tem maturação precoce, conserva-se bem após a colheita e também tem grau superior de aparência, sabor  e firmeza. Para quem o come, o sabor é doce e levemente ácido, com a polpa sendo firme e em cor branca esverdeada, além de o caroço ser semiaderido. Externamente, é identificável pela casca cor de creme e alternando tonalidades esverdeadas e vermelhas.

Como outros pêssegos, pode ser consumido cru, mas também rende doces, compotas e sucos. No ramo de bebidas alcoólicas, é parte de um drinque chamado Bellini, além de seu caroço fazer-se o licor chamado amaretto.

De benefícios da fruta, 85% composta de água e com poucas calorias, está a presença de vitaminas (A, complexo B e C) e altos níveis de antioxidantes, além de fortalecer o sistema imunológico. Também possui cálcio e potássio, que ajudam nos processos fisiológicos do organismo, além de ação diurética. Com grande quantidade de fibras, principalmente na casca, ajuda no funcionamento dos intestinos.

Com o período entre setembro e janeiro como o mais forte, 933 toneladas do produto deram entrada no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) em 2020, com a cidade paulista de São Miguel Arcanjo sendo a responsável pela maior parte dessa demanda, traduzida em 276 toneladas. O estado de São Paulo também tem do segundo ao quinto lugares em entregas: Atibaia (193), Paranapanema (164), Guapiara (74) e Pilar do Sul (39). A paranaense Lapa fecha o ranking com suas 29 toneladas. O preço no atacado, cotado em 13 de dezembro de 2021, foi de R$ 2,91/kg.

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