O pinhão é o produto destaque desta semana (27 a 31/05) no atacado da CEAGESP. Conforme dados da Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES), foi cotado na segunda-feira, 27/05, a R$ 5,60/kg, apresentando redução mensal de 10,4%. Na mesma época do ano passado, o produto foi cotado a R$5,68/kg, significando uma redução média anual de 1,4%.

A araucária (Araucaria angustifólia), também conhecida como como pinheiro-do-paraná, pertence à família Araucariaceae, e é árvore típica da região Centro Sul do Brasil. O pinhão, sua semente, fica presa no eixo central da pinha. Essa árvore pertence ao grupo das gimnospermas, nome que se traduz como “semente nua”, ou seja, árvores sem frutos envolvendo suas sementes, que ficam expostas.

A época da colheita vai de março até julho, mas cada estado permite o extrativismo a partir de uma data exata, não sendo permitido colher o pinhão antes por vários motivos. Um deles é falta de conscientização, pois muitos acabariam tirando as pinhas antes de elas estarem maduras e o outro é o consumo do pinhão verde, prejudicial à saúde.

A araucária tem árvores fêmea e macho. A fêmea produz a flor, que normalmente abre em setembro e recebe o pólen da árvore macho pelo vento, gerando em seguida a pinha, que com o tempo vai amadurecendo e se abrindo até liberar os pinhões. Pesquisas na Universidade Federal do Paraná estão permitindo, pela enxertia, propagar araucárias adultas que produzem pinhões maiores (15 a 18 g), aumentando a rentabilidade da produção oriunda desse cultivo.

Os usos mais comuns do pinhão são nas formas cozida e assada, mas também é simplesmente usado como ingrediente em pratos típicos, como risoto de pinhão, bolo e pão de pinhão. É consumido no Brasil desde antes da chegada dos portugueses e hoje tem presença marcante na culinária da região Sul do Brasil, sendo associado ao clima frio e a festas do Sul do país.

Em 2023, foram comercializadas no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) 886,26 toneladas de pinhão. As principais origens são dos estados de São Paulo (69,1%) e Minas Gerais (30,6%). Confira o ranking dos municípios que mais enviaram o produto ao ETSP no ano passado:

• Cunha (SP), com 411,04 toneladas;
• Virginia (MG) com 232,88 toneladas;
• Itapetininga (SP) com 105,82 toneladas;
• Piquete (SP), com 38,22 toneladas;
• Gonçalves (MG), com 29,60 toneladas;
• Pedro Bela (SP), com 23,14 toneladas;

Para fazer bons negócios, consulte os dados de contato dos comerciantes de pinhão no GUIA CEAGESP clicando aqui.