Com a safra 2021-2022 do trigo começando a ser colhida, o Graneleiro de Tatuí (AGTAT) teve sua infraestrutura repaginada. Para receber melhor os grãos desta safra, foi implementada uma nova sala de classificação, bem como procedimentos atualizados e treinamento que envolveu o administrativo e o operacional da unidade interiorana da CEAGESP.

“São duas balanças e havia um laboratório só. Nosso trabalho foi o de implementar uma nova sala de classificação na balança 1 para integrar e recepcionar os grãos armazenados”, conta Evandro Goulart da Silva, Técnico Operacional da Seção de Controle Fitossanitário (SECOF).

O tempo utilizado para a medição e a análise da qualidade do trigo foi otimizado, aumentando a produtividade dos serviços nos trâmites internos do AGTAT. A unidade agora passa a ser dotada de medidor de umidade digital, balança de precisão e medidor de PH (peso hectolítrico, uma unidade de medida internacional de qualidade de trigo e que não deve ser confundida com o pH, que mede acidez ou alcalinidade), permitindo que a partir de agora sejam dois pontos para operacionalizar os processos de recepção e expedição na unidade armazenadora. “Trabalhamos para a implementação de mais um laboratório na unidade, com o objetivo de um melhor aproveitamento e aumento da capacidade de movimentação operacional na unidade, gerando resultados positivos quanto ao volume trabalhado no dia”, diz Evandro.

O tráfego interno também foi facilitado com a plataforma para coleta de grãos, que permite extrair amostras dos caminhões com aprimoramento técnico. Até então, era preciso que os veículos ficassem parados aguardando a classificação para só depois serem realizadas descarga e expedição. “Demos uma otimizada em uma sala que estava lá sem grande aproveitamento. Porém, para esta safra e com a reformulação desse recinto, o serviço vai ficar bem ágil”, conta Danyel Laghi, gerente do Departamento de Armazenagem (DEPAR).

Com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento, foi também realizado um treinamento integrado entre funcionários das áreas operacionais e administrativas. “É sem dúvida um avanço para todos e honroso poder compartilhar os conhecimentos técnicos e operacionais de classificação de grãos e operacionalidades em unidade armazenadora, dando condição ao funcionário recém-contratado de se integrar no universo da unidade armazenadora e suas particularidades técnicas”, conta Evandro, que ministrou o treinamento in loco.

Com a chegada da próxima safra de trigo, o Graneleiro de Tatuí estará mais preparado para receber as habituais 2 mil toneladas que costumam chegar todos os dias. Esse número significa em média uma entrada de 57 caminhões de 35 toneladas a cada 24 horas, com um pico de 80 veículos quando a safra atinge seu ápice. “Os clientes já estão percebendo e trabalhando com a unidade de Tatuí já dotada de estrutura readequada. Foi implantar e fazer funcionar”, conta Evandro.

Essa estrutura no interior de São Paulo atende principalmente grandes empresas. “Recebemos trigo importado da Argentina pela Bunge, que detém a maior parte da movimentação do produto na unidade”, conta Renata Gimenes, chefe regional e engenheira agrônoma da unidade. Além da Bunge, outro grande cliente do Graneleiro de Tatuí é a Anaconda, fora a unidade também receber a produção de agricultores individuais da região. Apesar de o trigo ser o produto principal, o armazém também recebe milho.