Originária das regiões da África Equatorial, a melancia (Citrullus lanatus), produto destaque desta semana (03 a 07/06) no atacado da CEAGESP, foi cotada na última segunda-feira, 03/06, a R$ 1,72/kg, conforme dados da Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES). Isso significou uma redução média mensal de 32,8% e, na comparação com mesmo período do ano passado, a fruta apresentou redução de 28,6%, pois estava sendo comercializada a R$ 2,41/kg naquela ocasião.
Pertencente à família Cucurbitaceae, é cultivada em praticamente todo o Brasil, tanto em condições de sequeiro quanto em regime irrigado. O cultivo sob irrigação vem crescendo, sobretudo, na região Nordeste, que apresenta boas condições de solo, clima e água para a exploração racional dessa fruta durante quase todo o ano. Tal modalidade agrícola permite ao produtor ofertar frutos de melhor qualidade e no momento em que o preço é mais atrativo no mercado consumidor.
A melancieira é uma planta de clima tropical e se desenvolve melhor na faixa de temperatura entre 25 °C e 30 °C, não tolerando fatores climáticos adversos, como geada e granizo. Os principais fatores climáticos que afetam o crescimento e a produção são temperatura, fotoperíodo (comprimento do período de luz solar), umidade relativa do ar e ventos.
Deve ser colhida madura, pois sua qualidade não melhora após a colheita, que deve ser feita quando os frutos atingem o ponto de maturação. Essa colheita, manual, inicia-se de 75 a 110 dias após a semeadura e o pedúnculo é cortado com uma faca a cerca de 5 cm do fruto.
Para identificar a maturação, há vários sinais: secamento da gavinha mais próxima do fruto, secamento do próprio pedúnculo e coloração da parte inferior do fruto apoiada ao solo passando de branca a amarelada. Em termos mais técnicos, esse estado também é identificado pela medição do conteúdo de açúcares dos frutos (°Brix) quando este fica igual ou superior a 10 °Brix.
Composta de 90% água, é fonte de sais minerais e vitaminas, como a C. É também rica em licopeno. Pode ser consumida in natura, na forma de sucos, salada de frutas, sorvetes e doces, sendo um alimento refrescante, suculento e doce.
Em 2023, foram comercializadas no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) 98.226 toneladas de melancia. As principais origens são os estados de São Paulo (36,0%) e Goiás (30,5%). Confira o ranking dos municípios que mais enviaram o produto ao ETSP no ano passado:
1) Uruana (GO), com 20.276,87 toneladas (20,6% do total);
2) Martinópolis (SP), com 6.543,76 toneladas (6,7%);
3) Borborema (SP), com 5.390,73 toneladas (5,5%);
4) Teixeira de Freitas (BA), com 5.095,88 (5,2%);
5) Lagoa da Confusão (TO), com 4.873,82 (5,0%);
6) Santa Fé de Goiás (GO), com 4.312,56 (4,4%).