Após a apuração dos conteúdos armazenados, a CEAGESP começou a fazer a devolução para seus clientes das chamadas sobras técnicas, por ora nos seguintes valores:

1) Graneleiro de Palmital (AGPAL): 1.216.150 kg de açúcar, 7.000 kg de trigo e 293.500 kg de soja;
2) Graneleiro de Tatuí (AGTAT): 433.040 kg de trigo;
3) Graneleiro de Tupã (AGTUP): 5.350 kg de sorgo.

Por ora são esperadas as devoluções nas unidades de Bauru (ASBAU) e Presidente Prudente (ASPRE). A chamada sobra técnica é oriunda do zeramento dos estoques e apuração do material a ser devolvido aos clientes. “São aplicados descontos de peso na entrada e a chamada quebra técnica mensal devido à perda de umidade natural dos grãos”, detalha João Cláudio de Lima, chefe da Seção Operacional (SEOPE) que está às voltas com o processo. A tendência normal é a de que essas devoluções se concentrem no começo do ano, ainda que possam existir variações.

A chamada sobra técnica é a diferença entre os estoques físico e contábil, este último significando o que sobrou após o processo de limpeza, secagem e a quebra técnica. Esse estoque contábil é o que fica livre para ser embarcado. As datas de retirada variam conforme o desejo de quem contratou. “Depende de os clientes retirarem seus estoques com base no preço de mercado ou para consumo próprio, sendo variável”, explica João Cláudio.

A perda de umidade natural é uma da causas da perda de peso do conteúdo armazenado conforme a passagem do tempo em que o produto fica nos silos. Outro fator para a chamada quebra técnica está em eventuais danos gerados pela movimentação que o armazém tenha ao longo dos tempos.

Com a sobra técnica em mãos, cada cliente faz seu uso no mercado, prestando atenção às oscilações normais na comercialização. “Normalmente vendem ou usam para fazer ração animal”, conta João Cláudio, lembrando também de tal processo fazer parte da transparência na relação com aqueles que armazenam com a CEAGESP, gerando ganho em segurança do negócio.