Começou na terça-feira (03) o treinamento organizado pelo Departamento de Administração de Recursos Humanos (DEARH) aos fiscais da Companhia de Entrepostos de Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) que atuam nas unidades do interior. A capacitação acontece no auditório Nelson Loda, localizado no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP). Da primeira turma participam 15 técnicos operacionais que assistiram a palestras e cursos ao longo da semana — assista aqui.

Logo no início do treinamento o diretor-presidente da CEAGESP, coronel Mello Araujo, destacou a importância da atuação dos funcionários no dia a dia dos entrepostos. A prioridade deve ser o combate à clandestinidade e o empenho para exigir que os permissionários sigam as normas estabelecidas. “Qual a principal finalidade? É padronizar o trabalho da fiscalização”, ressaltou.

O gerente do Departamento de Entrepostos do Interior (DEINT), Giovanni Papini, também destacou a importância de padronizar as atividades de fiscalização e, para isso, é fundamental levar conhecimento aos profissionais. “A gente espera que os nossos procedimentos sejam feitos de forma padronizada”, frisou.

Dos 15 técnicos operacionais que participam da primeira turma, oito são recém-chegados à equipe da CEAGESP. “Muitos dos nossos fiscais foram contratados e mandados direto para o interior sem passar por um treinamento”, conta Papini. Ainda segundo o gerente do DEINT, o treinamento tem o objetivo também de mostrar aos fiscais a autoridade que possuem no mercado e as ações indicadas para o trabalho.

O diretor-presidente da CEAGESP deixou uma mensagem aos participantes do treinamento. “Todos têm que ter orgulho de vestir a camisa CEAGESP. Nós estamos mudando a história da companhia, pois hoje a CEAGESP está de cara nova. Moralizamos a empresa e precisamos que os fiscais façam a diferença, buscando sempre a perfeição, buscando o equilíbrio e o bom senso para que as normas sejam cumpridas”, finalizou.

Teoria e prática da fiscalização

As palestras oferecidas no treinamento são realizadas por funcionários da própria CEAGESP. Para ajudar nesse tipo de iniciativa, o DEARH busca a colaboração de diversas áreas da empresa, valorizando os chamados multiplicadores internos.

De acordo com Evellyn Alcântara Leal, técnica administrativa da Seção de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas, o primeiro dia do treinamento foi dedicado exclusivamente à teoria. “Falamos sobre Ética, sobre o Centro de Qualidade Hortigranjeira (SECQH), sobre a Seção de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), sobre a Seção de Gestão de Portarias (SEGOP) e sobre a Seção de Controle de Mercado (SECME)”, conta.

Após a teoria, na quarta e na quinta-feira foi programada a parte prática da fiscalização. Divididos em grupos, os profissionais do interior primeiro foram à portaria do ETSP verificar as atividades no local, com a realização de blitz de caminhões e conferência de notas fiscais.

João Carlos Palla, que atua na capital, guiou os visitantes pelo entreposto. “O principal é verificar as irregularidades e fazer as visitas aos pavilhões. Saímos mostrando e, no caminho, verificamos cafezeiras, carregadores e, assim, fomos mostrando nosso dia a dia como é feito, com as orientações e as apreensões”, explica.

A técnica operacional Joice Ventura de Barros faz parte da CEAGESP há pouco mais de um mês. Atuando na unidade de Ribeirão Preto, distante cerca de 315 quilômetros da capital, conta que o treinamento está sendo importante para trazer segurança no desempenho de sua função. “Foi bom para esclarecer muitas dúvidas e coisas que a gente não sabia como deveria fazer”, diz.

“Os fiscais não vão aprender tudo de uma vez. Mas é vivenciando, com a teoria na terça e a prática na quarta e na quinta-feira que vão sair sabendo mais e, assim, executar o trabalho em seus entrepostos”, conta Palla. Na próxima semana mais uma turma deverá passar pelo treinamento no ETSP.

Uniformização dos fiscais

Os técnicos operacionais que atuam na fiscalização no interior também passarão a receber uniformes seguindo o modelo padrão da CEAGESP. Anteriormente eles trabalhavam à paisana e, agora, estarão uniformizados da mesma maneira que os fiscais da capital. Cada profissional recebe dois coletes e dois bonés com a identificação padronizada. Será entregue ainda uma jaqueta com a mesma caracterização.