28/7/202107:04:03
“É uma norma na CEAGESP. Isso é feito com milho, soja e todos os cereais”. Quem conta isso é André Luiz Corsi, que há 15 anos trabalha como técnico operacional no Armazém Silo Graneleiro de Araraquara (AGARA), além de estar há 44 anos na companhia.
Todo grão que chega aos silos da CEAGESP passa por um processo de pesagem para fins de verificar a quantidade contratada pelo produtor e, posteriormente, por uma máquina de limpeza que tira os resíduos, principalmente palha e partes pulverizadas de grãos, a chamada quirera. Dentro dos silos fica a a parte nobre.
No AGARA são armazenados principalmente soja, sorgo e milho. No caso do sorgo, a limpeza inclusive é uma parte bem importante. “O sorgo a gente tem de limpar bem, senão acaba esquentando dentro das células e estragando”, conta André, referindo-se ao grosso que sai desse cultivo, composto principalmente de folhas ainda verdes.
Ainda que sejam considerados impureza, os resíduos também têm sua serventia no dia a dia do campo. “São disputados, pois servem no tratamento de animais”, conta André, mencionando que também existem empresas especializadas em reaproveitar esse tipo de matéria orgânica. Além disso, muitos produtores também pegam de volta essas impurezas, uma vez que muitas fazendas trabalham também com pecuária ou têm mais de um cultivo.
A exemplo do grão inteiro, os resíduos também saem do silo pesados, com nota fiscal e ordem de entrega. Caso um terceiro os pegue, é preciso que o produtor autorize a empresa a buscar o material para sua destinação. Aqui em Araraquara até brigam por isso”, conta André, que também lembra do longo relacionamento desenvolvido com essa cadeia produtiva. “Os clientes que vêm aqui são antigos”, conta, lembrando também de que essa devolução dos resíduos é um procedimento bastante apreciado. “O pessoal gosta, porque é lucro para eles”.
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