1/4/202204:08:55
Os atacadistas que comercializam mamão formosa na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) receberam, nesta quinta-feira (31), a visita dos participantes da caminhada semanal pelo entreposto da capital — assista aqui. Acompanhado do chefe da Seção do Centro de Qualidade Hortigranjeira (SECQH), Gabriel Bitencourt, o diretor-presidente coronel Mello Araujo conversou com os permissionários sobre a importância de optarem pelo transporte da fruta em embalagens e não a granel. A mudança visa garantir menor desperdício e melhor qualidade aos mamões.
De acordo com Bitencourt, entre 10% e 20% de uma carga de mamões formosa transportados a granel chegam a ser perdidas da lavoura até a central de abastecimento. “O ideal seria que o produto fosse embalado na origem”, diz. Esse cuidado evitaria danos aos frutos que, assim, chegariam com melhor qualidade aos consumidores. “O transporte a granel força uma colheita muito precoce do fruto na árvore, antes de acumular açúcar e nutrientes. Fica um mamão de baixa qualidade organoléptica, ou seja, sem sabor e ‘aguado’”, complementa Bitencourt.
Durante visita aos permissionários, o chefe da SECQH mostrou como alguns frutos podem apresentar pequenos danos decorrentes do transporte a granel. “São micro ferimentos que acabam servindo de porta de entrada para fungos. Assim, muitas vezes o consumidor compra um mamão aparentemente em boas condições e, quando a fruta amadurece, o mamão apodrece”, explica.
Um dos boxes visitados durante a caminhada está localizado no HFH onde trabalha Regina Gondo. Ela explica que já tenta trabalhar com mamão formosa transportado em embalagens, mas, infelizmente, a maior parte dos clientes ainda prefere a granel. “Já tentei mexer com papelão, mas é um pouco mais difícil, pois todos pedem a granel”, conta.
Ao passar pelos boxes que comercializam mamão formosa, Gabriel Bitencourt e coronel Mello Araujo entregaram um material impresso com orientações sobre o transporte adequado da fruta. Ainda segundo Bitencourt, vale destacar que há, também, pressão externa sobre o tema. “Tem o Ministério Público do Consumidor, a Vigilância Sanitária e o Ministério da Agricultura, por isso temos que ir adequando o entreposto”, finaliza Bitencourt.
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