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14/8/202308:03:40

Refugiados afegãos em Praia Grande recebem segunda entrega do BCA


11/08, sexta-feira, marcou a segunda entrega de alimentos doados pelo Banco CEAGESP de Alimentos aos refugiados afegãos que se encontram abrigados na Colônia de Férias do Sindicato dos Químicos, em Praia Grande (SP). “Foi uma tonelada e 400 kg, em uma variedade de frutas, legumes e folhagens”, conta Lilian Uyema Mateus, chefe da Seção de Sustentabilidade (SESUS).

Para os afegãos, o recebimento de hortaliças in natura e arroz ensacado é uma forma importante de se manterem bem nutridos, pois existem muitas diferenças culinárias de origem religiosa e cultural que os fazem preferir preparar a própria comida. “A gente está conseguindo, com apoio de parceiros, entregar insumos para que eles possam trazer sua alimentação para cá e não sentir tanto choque”, conta Isabella Roberta, coordenadora do abrigo. “As refeições prontas ou marmitas não os atendem. Eles preferem cozinhar o próprio almoço e o jantar”, conta Lilian.

Ainda assim, algumas diferenças são notadas. “O tempero para eles tem sido algo um pouco difícil de se adaptar”, conta Isabella. As variedades de maçã daqui também diferem daquelas do Afeganistão, mudando o sabor em relação ao que estavam habituados.

Em comparação à situação de um mês atrás, alguns refugiados já conseguiram recolocação. “Ainda estamos em um processo de interiorização dessas pessoas que estão no abrigo. O Governo Federal e o Sindicato estão pensando em como farão essa transferência dos abrigados”, conta Isabella.

Por ora, a cidade litorânea tem acolhido bem pessoas vindas de um país sem praias. “Praia Grande tem sido uma mãe. Eles nos agradecem o tempo todo de estar aqui. Tem sido uma experiência interessante para eles estar na Colônia dos Químicos, aproveitando toda a estrutura, desde a cozinha nas acomodações até a própria praia”, conta Isabella.

Os 400 kg a mais em relação à doação anterior só foram possíveis pela ajuda dos comerciantes que operam no Entreposto Terminal São Paulo, que destinaram alimentos que podem ter perdido o valor comercial, mas mantêm intactos os valores nutricional e de higiene. “Graças à ajuda de todos, a gente conseguiu trazer esses alimentos para que eles pudessem comer da forma que estão acostumados, se sentindo acolhidos”, conta Lilian.




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