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1/12/202112:11:23

CEAGESP também é interior – Araraquara


“Como gerente, estou há um ano. Aqui, há 15”. Quem conta isso é Karla Menezes Pereira, atual ocupante desse posto no entreposto de Araraquara (CEARA), em uma equipe toda feminina, com três funcionárias de carreira. Essa operação responde por 1,1% de participação no total da rede CEAGESP, com média de 3,7 mil toneladas/mês.

Em 29 de dezembro de 1981, a unidade contou em sua inauguração com o prefeito da ocasião, Waldemar de Santi, e o à época governador Paulo Maluf. Da CEAGESP, participaram Paulo Tadashi Sakurai, diretor de operação de entrepostos, e Hygino Antonio Baptiston, que era o diretor-presidente.

“Realizei alguns trabalhos inclusive na instalação da sirene para abertura do início da comercialização, a pedido do então gerente”, conta Mauri Seabra Cruz, que foi funcionário da CEAGESP e trabalhou na unidade desde antes de sua inauguração, entrando em 15 de dezembro daquele ano e encerrando sua carreira na empresa em 2 de outubro de 2019.

“Fui convidado a assumir o cargo de vigia devido à vaga de oficial de manutenção estar preenchida”, conta ele, que em 1996 passaria a fiscal. Uma das marcas do entreposto, que é pequeno, é ter equipe reduzida. “Aqui todos realizam muitas funções”, conta Karla.

Essa característica iria se acentuar em 1997, ano da federalização da CEAGESP e momento de crise especial na CEARA. “Praticamente todos os funcionários foram demitidos, restando apenas eu, um vigilante e uma estagiária”, conta Mauri, relatando a visita de auditoria da matriz cujo intuito era originalmente fechar a unidade.

“No segundo dia em que estavam realizando auditoria, fiz a proposta de ficar administrando a unidade por três meses para tentar reverter a situação de abandono e torná-la lucrativa”, relata Mauri, que considerava absurdo acabar com o entreposto. Sua proposta foi considerada boa e, pouco tempo depois, reverteu-se em autorização para que a partir de 18 de fevereiro daquele ano começasse sua carreira.

Os três meses combinados viraram quinze anos e oito meses. Dos 28 boxes originais, mais 14 foram construídos até 2002, com um total de 23 empresas atuando como permissionárias na área e atendendo compradores de mais de 20 municípios nas redondezas. “Em outubro de 2012, a unidade contava com 42 boxes, 24 módulos, um terreno de 324,11 m² e um poço artesiano”, conta Mauri, ressaltando a ocupação de 100%. O terreno mencionado foi uma área no fim da plataforma para lavagem e abastecimento de caminhões dos permissionários.

Houve também a antecipação de uma tendência hoje vista ao longo da rede. “Foi a primeira a implantar doação de alimentos às pessoas carentes, em 1997″, conta o ex-gerente, que naquele ano foi premiado como revelação do ano pela empresa, em evento realizado no Clube Náutico de Araraquara. Após 2012, Mauri substituiria gerentes nas unidades de Sorocaba e São José dos Campos e encerrou sua carreira na CEAGESP em Araraquara.

Levando consigo o legado que já foi de Mauri, Karla, funcionária de carreira há quase 20 anos, relata que a principal mudança ao assumir o cargo foi passar a andar pelos 75 mil m² do entreposto, dos quais 6.620 m² são de área construída.

Após uma década e meia em Araraquara, já tendo ocupado cargos na matriz e na unidade piracicabana, relata não ter tido problemas no novo cargo e os desafios de ser uma gerente em ambiente predominantemente masculino, não teve maiores problemas que não o de assumir as responsabilidades que vêm com o cargo. “Justamente por eu manter a postura firme, eles acabam respeitando”, relata ela.

Entre as mudanças que realizou em sua gestão, uma é visível: a pintura de diversas áreas da unidade. A abertura de espaço às sugestões dos permissionários reverteu-se em reforma dos banheiros e instalação de câmeras e bebedouros. “A gente está em via de reformar a plataforma, que é reivindicação antiga”, conta a gerente.

De ideias futuras, está a organização de licitações, ainda mais após a saída de um permissionário que detinha grande número de áreas e agora ficou com apenas um box como forma de manter presença com os clientes históricos. “Será a primeira licitação sem esse permissionário dominando”, relata Karla. Hoje em dia, a CEARA tem 16 permissionários, que empregam aproximadamente 40 funcionários.

Um projeto para os próximos tempos é o de abrir mais o entreposto ao consumidor comum, a exemplo de outras unidades da rede. Agricultores familiares também estão na mira, como conta Karla: “a ideia é trazê-los uma vez por semana, a princípio”.

Confira a reportagem anterior:

Bauru




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