8/5/202405:03:48
São Paulo, abril de 2024 - O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de abril com variação de 7,02% ante uma variação de 5,61% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de 4,17%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de 12,99% no ano e 21,32% em 12 meses.
Entre os meses de março e abril, a mudança de estação de verão para outono, associada ao início da condição de neutralidade do fenômeno climático El Niño, contribuiu para a incidência de temperaturas médias mais amenas em quase todo o período, o que acabou favorecendo, de certa forma, a produção dos alimentos in natura. Entretanto, os preços no mercado atacadista iniciaram o mês de abril ainda muito pressionados pela alta demanda relacionada à Páscoa (13ª semana do ano), ainda que tenham arrefecido ao longo das cotações. Neste contexto, o destaque ficou com o setor de Pescados, que encerrou o período apresentando redução de preço mensal e em 12 meses.
Setorização
O setor de FRUTAS variou 7,26% ante uma variação de 7,11% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 0,17%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 9,00% no ano e de 27,99% em 12 meses. Dos 48 itens cotados nesta cesta de produtos, 50% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de MAMÃO HAVAÍ (+88,61%), MORANGO COMUM (+50,88%), ACEROLA (+39,43%), PITAIA (+21,17%) e MAMÃO FORMOSA (+15,85%). As principais reduções ocorreram nos preços de BANANA NANICA (-24,97%), MANGA TOMMY ATKINS (-22,11%), LIMÃO SICILIANO (-17,77%), LARANJA LIMA (-13,57%) e MARACUJÁ AZEDO (-9,82%).
O preço dos mamões manteve-se em alta no período ainda sob os efeitos do excesso de chuvas ocorridas na Bahia e no Espírito Santo, principais regiões produtoras. No Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), o mamão Havaí encerrou o mês custando, em média, R$ 10,36/kg enquanto o Formosa ficou em torno de R$ 5,02/kg. A alta do Havaí acabou puxando o preço do Formosa para cima.
Por sua vez, a sazonalidade baixa (redução na oferta) foi o principal fator de alta nos preços médios do morango comum (R$ 34,64/kg), da acerola (R$ 16,18/kg) e da pitaia (R$ 12,41/kg). A melhora na oferta de banana nanica, manga Tommy e laranja Lima, ao longo das semanas, favoreceu a redução do preço médio desses produtos no mercado atacadista, que encerraram o mês de abril custando, respectivamente, R$ 3,12/kg, R$ 4,23/kg e R$ 3,58/kg. O fim do verão reduziu a demanda por maracujá azedo e limão siciliano.
O setor de LEGUMES variou 10,36% ante uma variação de 6,92% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 16,20%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 25,84% no ano e de 15,83% em 12 meses. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 69% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de VAGEM MACARRÃO (+56,36%), MANDIOQUINHA (+47,52%), CHUCHU (+45,12%), BERINJELA COMUM (+33,17%) e QUIABO (+30,94%). As principais reduções ocorreram nos preços de PEPINO COMUM (-25,71%), INHAME (-19,85%), CARÁ (-15,05%), PIMENTÃO VERDE (-13,53%) e PEPINO JAPONÊS (-13,25%).
Fenômenos climáticos (distribuição irregular chuvas e calor) dos meses anteriores ainda impactam o setor de legumes, principalmente no momento da colheita, ocasionando reduções na oferta semanal do setor. Itens como a mandioquinha, o chuchu, a vagem e o quiabo obtiveram reduções médias de oferta na ordem de -11,8%, -11,6%, -4,1% e -1,3%, respectivamente. Contudo, a pressão de demanda sobre o setor impactou na alta de preços, que só não foi maior devido às reduções que ocorreram em alguns itens importantes como os pepinos e o pimentão verde, além de algumas raízes como inhame, cará, batata-doce e mandioca.
O setor de VERDURAS variou 6,51% ante uma variação de -2,47% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -2,15%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 10,73% no ano e de -1,11% em 12 meses. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 67% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de BRÓCOLOS NINJA (+28,11%), AGRIÃO HIDROPÔNICO (+25,13%), COUVE-FLOR (+22,49%), COUVE MANTEIGA (+22,19%) e ESPINAFRE (+19,66%). As principais reduções ocorreram nos preços de MANJERICÃO (-14,72%), NABO (-10,07%), BRÓCOLOS RAMOSO (-4,99%), ALFACE MIMOSA HIDROPÔNICA (-3,49%) e MILHO VERDE (-2,53%).
As hortaliças folhosas (verduras) são as mais impactadas com os eventos climáticos adversos e, dessa maneira, algumas culturas do setor estão sendo produzidas de maneira escalonada, ou seja, sem excedentes ou com colheita muito próxima à demanda de mercado. Desta maneira quaisquer flutuações de oferta ou da procura desses itens impactam imediatamente o setor. Para o agrião e outras hortaliças do setor que são consumidas em saladas ainda há a demanda pressionada pelo consumo, devido à extensão do calor para a época do ano, fazendo com que os preços se elevassem no mês.
O setor de DIVERSOS variou 4,92% ante uma variação de 0,78% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 11,23%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 18,74% no ano e de 34,31% em 12 meses. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 64% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de COCO SECO (+22,81%), BATATA ASTERIX (+14,29%), ALHO NACIONAL (+10,32%), CEBOLA NACIONAL (+10,07%) e AMENDOIM SEM PELE (+1,26%). As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA ESCOVADA (-7,06%), OVOS DE CODORNA (-5,16%), BATATA LAVADA (-3,45%) e OVOS VERMELHOS (-2,18%).
A cebola nacional segue em alta devido à oferta controlada por conta da sazonalidade e da região em que é produzida (Sul do país). Nem o aporte de cebolas importadas foi o suficiente para manter os preços em patamares mais baixos. No ETSP, o produto encerrou o período com um preço médio de R$ 5,80/kg. No acumulado do ano, a alta é de 31,1% e de 117,3% em 12 meses. Por sua vez, o preço da batata lavada apresentou comportamento moderadamente volátil e, na média das cotações, ficou em R$ 3,55/kg.
O setor de PESCADOS variou -3,46% ante uma variação de 3,95% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -0,19%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 6,70% no ano e de -2,54% em 12 meses. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 54% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de SARDINHA FRESCA (-28,94%), SARDINHA LAGES (-28,36%), CURIMBA (-27,31%), ANCHOVAS (-22,43%) e CORVINA ÁGUA SALGADA (-19,56%). As principais altas ocorreram nos preços de LULA (+19,84%), ESPADA (+19,83%), PESCADA MARIA-MOLE (+16,97%), PESCADA BRANCA (+15,81%) e PINTADO (+10,54%).
Com a redução na demanda após o período de Páscoa, a grande maioria dos preços dos Pescados recuou, fazendo com que o setor se destacasse no período. Entre os produtos que apresentaram reduções de preço, as sardinhas frescas (R$ 3,57/kg) e Lages (R$ 3,00/kg) registraram os menores preços médios do período.
Março - 2024
Categoria | Índice % |
---|---|
Geral | 7,02% |
Frutas | 7,26% |
Legumes | 10,36% |
Verduras | 6,51% |
Diversos* | 4,92% |
Pescados | -3,46% |
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