- Descrição do Índice

São Paulo, agosto de 2023 - O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de agosto com variação de 0,32% ante uma variação de 0,88% no mês anterior. Com este resultado, o índice encerra o período com um acumulado de 1,72% no ano e 11,74% em 12 meses.

O destaque do período ficou com o setor de Diversos, sendo este o único setor a apresentar deflação nos últimos 12 meses. No contexto atual, a deflação do setor vem sendo puxada, principalmente, pelo recuo nos preços das batatas e dos ovos.

Setorização

O setor de FRUTAS variou 2,96%. Dos 47 itens cotados nesta cesta de produtos, 74,5% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de LIMÃO TAITI (+74,47%), ABACATE BREDA (+38,24%), MARACUJÁ AZEDO (+16,41%), GOIABA VERMELHA (+15,92%), e BANANA NANICA (+14,29%). As principais reduções ocorreram nos preços de MAMÃO HAVAÍ (-46,31%), AMEIXA ESPANHOLA IMPORTADA (-24,81%), CAJU (-21,48%), MORANGO COMUM (-20,23%) e MAMÃO FORMOSA (-11,90%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Frutas encerrou o mês com um acumulado de 5,59% no ano e de 15,28% em 12 meses. As entressafras do limão taiti, do maracujá azedo e da goiaba vermelha têm contribuído para a valorização desses produtos no mercado atacadista. A passagem do ciclone extratropical pelas regiões produtoras trouxe estragos e perdas na produção da banana nanica, causando a valorização do produto. Por outro lado, destaca-se a redução de preço dos mamões, que há tempos não constavam entre os produtos de maior deflação para o índice. A queda nos custos de produção (sementes e defensivos agrícolas) e a não ocorrência de eventos climáticos extremos (geadas e inundações nas lavouras) nas regiões produtoras favoreceram a produção desses itens, resultando em melhor oferta no mercado atacadista.

O setor de LEGUMES variou -0,98%. Dos 31 itens cotados nesta cesta de produtos, 51,6% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BETERRABA (-30,70%), VAGEM MACARRÃO (-27,89%), QUIABO (-27,47%), ABOBRINHA BRASILEIRA (-20,08%) e CENOURA (-16,88%). As principais altas ocorreram nos preços de ABOBRINHA ITALIANA (+25,59%), CHUCHU (+17,69%), PIMENTÃO VERDE (+13,19%), PEPINO COMUM (+8,96%) e PIMENTÃO VERMELHO (+8,31%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Legumes encerrou o mês apresentando um acumulado de 3,98% no ano e de 12,28% em 12 meses. A baixa procura pelos produtos do setor fez com que os preços, em geral, se reduzissem no mercado atacadista da CEAGESP. Contudo, o setor registrou volatilidade de preços moderada no período. A curta passagem de uma frente fria que atingiu as regiões Sul e Sudeste do país e a ocorrência de chuvas nas regiões produtoras contribuíram para o sobe e desce dos preços. O destaque do período ficou com a cenoura, que mesmo diante de uma oferta mais controlada por parte dos produtores, registrou deflação no período. Isso acabou sendo importante para ajudar no arrefecimento anual de preço do produto, que está entre os cinco que mais se valorizam no mercado atacadista em 2023.

O setor de VERDURAS variou -9,43%. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 84,6% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de COUVE MANTEIGA (-29,52%), REPOLHO LISO (-28,24%), COENTRO (-26,07%), ALFACE CRESPA (-23,10%) e BETERRABA COM FOLHA (-22,71%). As principais altas ocorreram nos preços de RABANETE (+17,98%), BRÓCOLOS RAMOSO (+16,59%), ERVA-DOCE (+9,30%), CENOURA COM FOLHA (+6,75%) e MANJERICÃO (+4,02%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Verduras encerrou o mês com um acumulado de 4,36% no ano e de 15,88% em 12 meses. O bom resultado da colheita da safra de inverno, com qualidade e em quantidades suficientes, assim como a baixa procura mesmo com dias de calor acima da média para o período, fez com que o setor encerrasse o mês com deflação. Dessa forma, itens como couve manteiga, repolho liso e coentro encerraram o mês praticamente com os mesmos preços do mesmo período do ano passado. Nem mesmo o retorno das aulas escolares foi capaz de impulsionar os preços do setor. As principais variedades de alface (americana, crespa e lisa) apresentaram, nas últimas semanas do período em análise, um aumento médio na oferta de 11,8%.

O setor de DIVERSOS variou -7,01%. Dos 10 itens cotados nesta cesta de produtos, 80,0% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA ASTERIX (-14,31%), BATATA LAVADA (-13,41%), OVOS VERMELHOS (-9,15%), OVOS BRANCOS (-7,32%) e AMENDOIM SEM CASCA (-7,08%). As principais altas ocorreram nos preços de ALHO NACIONAL (+1,68%) e OVOS DE CODORNA (+0,14%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Diversos encerrou o mês com um acumulado de -21,64% no ano e de -8,18% em 12 meses. As boas condições atmosféricas para o plantio e a colheita das batatas contribuíram para o bom andamento da safra de inverno desses produtos no mês de agosto. Já para os ovos, após passarem por um período de forte valorização, encontram-se em um movimento de arrefecimento dos preços devido à melhora na oferta e estabilização da demanda. Com a safra recorde prevista para a soja e o milho, a tendência é que os custos de produção das aves caiam mais, resultando em preços ainda menores, principalmente dos ovos brancos, no decorrer do ano.

O setor de PESCADOS variou -1,16%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 46,4% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BETARA (-23,53%), NAMORADO (-11,62%), ABRÓTEA (-11,04%), ANCHOVAS (-8,91%), e SALMÃO IMPORT. (-7,75%). As principais altas ocorreram nos preços de SARDINHA FRESCA (+22,16%), CURIMBA (+15,03%), SARDINHA LAGES (+9,80%), TAINHA (+9,64%) e PEROÁ BRANCO (+5,37%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Pescados encerrou o mês com um acumulado de -8,83% no ano e de 1,42% em 12 meses. Com a aproximação do fim do período de oferta (defeso) e, consequentemente, a formação dos estoques de congelados, a sardinha fresca entra em um período de valorização no mercado atacadista. Para o próximo mês, a tendência é que este movimento de valorização da sardinha fresca continue até que os estoques de congelados a substitua no mercado. Situação similar ocorre com a tainha. Historicamente, agosto é o mês no qual este item passa a ter uma oferta abaixo da média mensal, o que acaba resultando no aumento de preço do produto.

Agosto - 2023