3/12/201512:07:13
Qualidade e volume ofertado foram prejudicados pela sazonalidade, alta do dólar e excesso de chuvas nas regiões produtoras do Sul e Sudeste
Além dos problemas climáticos e sazonais, o dólar mais elevado provocou retração no volume ofertado das frutas. Em novembro, esse setor subiu 7,13%. As principais altas foram do abacate (47,6%), atemoia (39,4%), caju (33,7%), abacaxi havaí (26,9%) e banana nanica (17,1%). As principais quedas foram do figo (-39,7%) e da goiaba (-6,1%).
O segmento de legumes registrou aumento de 6,86%. As principais altas foram do cará (70,2%), inhame (47,1%), tomate (40,7%), beterraba (28,7%) e pimentão verde (21,3%). As principais quedas ficaram por conta da berinjela (-36,5%), chuchu (-27,7%), abóbora seca (-17,3%) e quiabo (-12,7%).
As verduras subiram 25,12%. As principais altas foram da couve-flor (67,5%), repolho (58,8%), escarola (53,7%), salsa (50,4%), coentro (45,8%) e brócolis (35,9%). Não houve reduções significativas no setor.
O setor de diversos aumentou 21,83%. As principais altas foram da cebola nacional (76,2%), batata lisa (56,3%), batata comum (46,2%), coco seco (21,1%) e ovos brancos (5,5%). Não houve reduções significativas no setor.
O setor de pescados registrou alta de 2,32%. As principais elevações foram do camarão ferro (25,55), tilápia (14,6%) e betarra (6,6%). As principais quedas foram registradas pelo robalo (-12,1%), polvo (-7,4%), lula (-4,4%) e anchovas (-4,1%).
Aumentos expressivos de preços nos setores de verduras e em produtos com grande representatividade, como cebola, batata e tomate, impulsionaram elevação do indicador. No ano, o Índice de Preços CEAGESP registrou alta de 15,03% e, nos últimos 12 meses, os valores alcançaram o percentual de 8,99%.
A qualidade e o volume ofertado das hortaliças foram prejudicados pelas altas temperaturas e, principalmente, pelo excesso de chuvas nas regiões produtoras do Sudeste.
“A temporada de chuvas e altas temperaturas começaram mais cedo este ano e os problemas climáticos, típicos do período de verão e tão prejudiciais à produção de hortifrutícolas, também foram antecipados”, destaca o economista da CEAGESP, Flávio Godas.
A antecipação do período de chuvas prejudicou a qualidade e acarretou retração do volume ofertado na maioria dos setores. Com a chegada do verão, esse cenário não deverá sofrer grandes alterações. Assim, até março a tendência é de preços elevados.
Em dezembro, o setor de frutas ainda deve sofrer aumento acentuado da demanda. Mesmo com a maior oferta, já que o produtor se prepara para colocar o produto nesse período de maior consumo, os preços deverão permanecer em patamares elevados, impulsionados pela alta do dólar e a consequente elevação dos valores dos importados, que representam cerca de 20% desse segmento.
Novembro - 2015
Categoria | Índice % |
---|---|
Geral | 8,22 |
Frutas | 7,13 |
Legumes | 6,86 |
Verduras | 25,12 |
Diversos* | 21,83 |
Pescados | 2,32 |
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