5/1/201501:02:36
Mesmo com condições climáticas adversas durante boa parte do ano, preços caem em dezembro e Indicador apresenta resultados anuais inferiores a inflação oficial.
São Paulo, dezembro de 2014 – O Índice de preços da CEAGESP registrou alta de 4,84% em 2014. A forte retração de 5,25% em dezembro contribuiu diretamente para que o índice se mantivesse em patamares satisfatórios, mesmo com os problemas climáticos enfrentados durante o ano. As reduções dos preços das frutas (-6,21%) e legumes (-11,93%) foram determinantes para a queda do indicador em dezembro.
Este resultado de 4,84% deverá manter os preços dos hortifrutícolas abaixo da inflação oficial do país, já que o IPC-A, ainda não divulgado oficialmente pelo IBGE, deverá fechar o ano com elevação próxima a 6,4%.
No acumulado do ano, porém, o índice CEAGESP registrou elevação em todos os setores. O setor de diversos, com 10,99%, assinalou a maior elevação, influenciado, principalmente pela alta da batata. Em seguida, os principais aumentos ocorreram no setor de verduras (5,22%), legumes (4,86%), frutas (4,59%) e pescados (3,89%)
Durante 2014, a estiagem e a escassez de água prejudicaram o abastecimento e a produção agrícola em praticamente toda a região sudeste desde o primeiro semestre. A partir de novembro, com o início do período de chuvas e altas temperaturas, fatores climáticos extremamente prejudiciais para a produção agrícola, a expectativa era de mais elevações, inclusive para o mês de dezembro. Porém, não foi o que aconteceu.
“O que se viu em dezembro foi um enorme volume ofertado de frutas e legumes. Em relação as frutas, a maior oferta de frutas tropicais e natalinas foi suficiente para atender o aumento da demanda e, no setor de legumes, os preços de culturas importantes como tomate, chuchu, pimentão, vagem, berinjela, entre outros, tiveram quedas acentuadas em razão da baixa procura e da excelente oferta”, destaca Flávio godas, economista da CEAGESP.
O primeiro trimestre do ano tem como principais características o calor excessivo e as chuvas quase que diárias. Este conjunto, típico do verão brasileiro, é extremamente prejudicial para a produção, principalmente de legumes e verduras.
Assim, com essa expectativa de redução no volume ofertado e demanda por alimentos mais leves e saudáveis aquecida, a tendência é de preços elevados, principalmente nos legumes mais sensíveis e verduras folhosas.
As chuvas também interferem na extração de produtos mais resistentes como a batata. Portanto, o setor de diversos também deve continuar com preços em alta, porém, sem elevações acentuadas.
O setor de pescados também apresenta neste período elevação do consumo e diminuição do volume de extração. Algumas espécies iniciam o período de defeso. Portanto, o setor também deve seguir com preços elevados.
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