- Descrição do Índice

São Paulo, fevereiro de 2024 - O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de fevereiro com variação de 0,28% ante uma variação de -0,31% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de 3,79%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de -0,03% no ano e 17,78% em 12 meses.

O destaque ficou com o setor de Diversos, que encerrou o período com a maior redução de preços entre todos os setores analisados. Além disso, nos últimos 3 (três) anos esta foi a única redução de preço apresentada pelo setor entre os meses de janeiro e fevereiro. A principal razão para isso foi o arrefecimento de preço ocorrido principalmente com as batatas escovada e lavada. O tempo mais firme nas regiões produtoras contribuiu para melhorar a colheita e, consequentemente, a oferta dos produtos, fazendo com que os preços médios ponderados do setor caíssem.

Setorização

O setor de FRUTAS variou -0,31% ante uma variação de -4,83% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 4,96%. Dos 48 itens cotados nesta cesta de produtos, 43,75% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de MARACUJÁ AZEDO (-41,31%), ABACATE GEADA (-25,06%), MAMÃO FORMOSA (-18,98%), PERA WILLIAMS IMPORTADA (-17,43%) e UVA NIÁGARA (-16,08%). As principais altas ocorreram nos preços de BANANA NANICA (+31,94%), MANGA PALMER (+23,80%), PITAIA (+14,18%), MAMÃO HAVAÍ (+13,27%) e BANANA PRATA SP (+12,54%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Frutas encerrou o mês com um acumulado de -5,13% no ano e de 15,54% em 12 meses.

Embora tenha apresentado variação negativa de preços, este setor encerrou o período com tendência de alta. Entre as principais causas disso, as sucessivas altas de preço das bananas, causadas pelas fortes chuvas que atingiram a região do Vale do Ribeira e geraram a derrubada de várias plantações na região. Com as perdas na produção, o volume ofertado foi menor do que o esperado para o período e isso resultou na alta de preço do produto.

O setor de LEGUMES variou 2,49% ante uma variação de 4,06% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 3,35%. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 62,50% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de TOMATE CAQUI (+41,96%), PEPINO COMUM (+33,27%), BERINJELA JAPONESA (+30,60%), MAXIXE (+30,07%) e MANDIOQUINHA (+28,25%). As principais reduções ocorreram nos preços de BERINJELA COMUM (-29,52%), QUIABO (-20,87%), CENOURA (-18,03%), PIMENTÃO VERMELHO (-15,88%) e PIMENTÃO AMARELO (-15,36%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Legumes encerrou o mês com um acumulado de 6,65% no ano e de 23,34% em 12 meses.
A variação positiva registrada no setor de Legumes foi puxada, principalmente, pela alta abrupta de preço dos tomates, ocorrida logo no início do período e tendo por causa o ritmo mais lento de maturação do produto nas regiões produtoras. Entretanto, a melhora na maturação dos tomates foi sendo regularizada ao longo do período, resultando em melhor oferta do produto. Com isso, os preços foram se reduzindo até o valor mínimo de R$ 3,08/kg para a variedade Pizzad’oro e R$ 2,98/kg para a variedade Carmem.
É importante destacar também o arrefecimento de preço da cenoura que, após apresentar forte alta no mês passado, registrou queda de preços devido à melhora nas condições de colheita do produto. O item registrou uma alta média de 9% de entrada no mercado atacadista nas três primeiras semanas de fevereiro em relação ao mês passado.

O setor de VERDURAS variou 2,52% ante uma variação de 3,97% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 11,33%. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 66,67% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de ALFACE CRESPA (+77,96%), ALFACE AMERICANA (+47,25%), ALFACE LISA (+43,18%), ALFACE LISA HIDROPÔNICA (+39,71%) e ALFACE MIMOSA HIDROPÔNICA (+37,78%). As principais reduções ocorreram nos preços de SALSA (-40,65%), REPOLHO LISO (-26,67%), ACELGA (-21,45%), COENTRO (-20,45%) e COGUMELO PARIS (-14,02%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Verduras encerrou o mês com um acumulado de 6,59% no ano e de 12,85% em 12 meses.

A alta nos preços das alfaces se deu devido às fortes chuvas ocorridas nas principais regiões produtoras. Em Mogi das Cruzes e Ibiúna, alguns produtores relataram a presença de chuvas de granizo, o que acabou afetando a produção por causa da queima das folhas. Entre as principais variedades do produto, a alface americana registrou, nos primeiros 15 dias do mês, uma variação de -14,2% no volume de oferta, com a crespa registrando -17,7% e a lisa, -23,0%. Outro fator que contribuiu para a alta no preço das alfaces foi a pressão de demanda decorrente do fim das férias escolares, uma vez que esse produto compõe parte preponderante nas compras públicas referentes a merenda escolar.

O setor de DIVERSOS variou -2,07% ante uma variação de 14,67% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -4,12%. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 27,27% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA LAVADA (-24,18%), BATATA ESCOVADA (-7,97%) e ALHO NACIONAL (-0,43%). As principais altas ocorreram nos preços de CEBOLA NACIONAL (+26,15%), OVOS VERMELHOS (+17,66%), OVOS DE CODORNA (+7,14%), OVOS BRANCOS (+6,00%) e AMENDOIM SEM PELE (+2,86%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Diversos encerrou o mês com um acumulado de 12,30% no ano e de 33,36% em 12 meses.

A redução nos preços das batatas foi fundamental para o arrefecimento de preços deste setor. O preço médio mínimo registrado pela batata lavada no dia 26/02/2024 foi de R$ 3,83/kg, com a escovada registrando R$ 4,99/kg.
Por outro lado, a oferta controlada da cebola nacional com origem em Santa Catarina fez o produto manter-se valorizado no mercado atacadista. O preço do produto passou boa parte do período apresentando baixa volatilidade, porém, manteve-se em patamares elevados. Em igual período do ano passado, o preço médio do produto girou na casa de R$ 3,50/kg e, neste ano, o preço médio fechou a R$ 5,82/kg.

O setor de PESCADOS variou 0,25% ante uma variação de 6,06% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -2,58%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 35,71% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de SALMÃO IMPORTADO (+24,46%), CORVINA ÁGUA SALGADA (+10,88%), BAGRE ÁGUA SALGADA (+10,71%), CAÇÃO AZUL (+9,11%) e ABRÓTEA (+8,33%). As principais reduções ocorreram nos preços de PESCADA BRANCA (-31,49%), LULA (-19,40%), ROBALO (-14,35%), POLVO (-14,31%) e PESCADA MARIA-MOLE (-10,00%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Pescados encerrou o mês com um acumulado de 6,32% no ano e de 5,55% em 12 meses.

A redução de oferta de espécies importantes para o setor como o salmão (-11%) e a tainha (-25%), atrelada ao aumento da procura gradual por outras espécies do pescado devido ao início da Quaresma no mês de fevereiro, pressionaram o índice do setor. O impacto nos preços não foi maior devido ao aumento da oferta dos produtos do setor, na ordem de 9%.

Fevereiro - 2024

O destaque do período ficou com o setor de Diversos