11/8/202508:01:45
São Paulo, junho de 2025 - O índice de preços CEAGESP encerrou o período com variação de -0,02% ante uma variação de -0,13% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de -6,25% e, com o resultado obtido, encerrou o período apresentando um acumulado de -7,33% no ano e -0,44% em 12 meses.
Neste contexto, o destaque ficou novamente com o setor de Diversos, que voltou a registrar variação negativa de preços com forte desaceleração de 15,45 pontos percentuais (p.p.). As boas ofertas de batata e cebola no Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) continuaram promovendo as reduções de preço no setor.
Setorização
O setor de FRUTAS variou 0,34% ante uma variação de -0,22% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -1,71% e, com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de -13,02% no ano e de 0,20% em 12 meses. Dos 48 itens cotados nesta cesta de produtos, 48% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de PITAIA (+109,23%), AMEIXA IMPORTADA DO CHILE (+42,81%), MAMÃO FORMOSA (+31,18%), MELÃO AMARELO (+15,94%) e GOIABA BRANCA (+15,06%). As principais reduções ocorreram nos preços de MANGA TOMMY ATKINS (-39,93%), MANGA PALMER (-32,71%), MORANGO (-17,01%), MARACUJÁ AZEDO (-11,88%) e LARANJA PERA (-11,07%).
O setor de Frutas iniciou o mês apresentando volatilidade, entretanto, ao longo do período os preços foram arrefecendo. O fim do período das férias escolares trouxe para o setor novas altas de preço.
Os preços da pitaia e da ameixa importada foram impulsionados no mercado atacadista devido ao período de entressafra dos produtos. No ETSP, a pitaia encerrou o período cotada a R$ 33,60/kg, enquanto a ameixa importada fechou a R$ 22,00/kg. Nos últimos 12 meses, ambos os produtos apresentam variações de preço de -10,3% e +41,7%, respectivamente.
Problemas na colheita do mamão Formosa prejudicaram a oferta do produto no mercado atacadista. A fruta registrou variação anual de -37,7% e mensal de -13,0% no volume de oferta. Com isso, o produto encerrou o período cotado a R$ 5,48/kg. Nos últimos 12 meses, a variação de preço é de +82,9%, a maior entre todas as frutas analisadas.
O setor de LEGUMES variou +11,96% ante uma variação de +11,16% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -26,22% e, com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de +26,77% no ano e de +27,87% em 12 meses. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 66% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de PIMENTÃO VERDE (+77,72%), PEPINO COMUM (+69,45%), CHUCHU (+65,22%), PEPINO CAIPIRA (+60,27%) e ABOBRINHA BRASILEIRA (+48,35%). As principais reduções ocorreram nos preços de PIMENTÃO AMARELO (-15,57%), PIMENTÃO VERMELHO (-14,98%), TOMATE CARMEM (-11,82%), TOMATE CAQUI (-11,72%) e TOMATE SWEET GRAPE (-7,53%)
O setor de Legumes encerrou o período apresentando leve alta de 0,8 p.p., porém em um ritmo mais lento quando comparado ao mês anterior. O setor ainda vem se recuperando da geada ocorrida no final do mês de junho. Na ocasião, a produção de pimentões, pepinos, abobrinhas e chuchu foi bastante comprometida. Além disso, o período de entressafra desses produtos restringiu ainda mais sua oferta no mercado atacadista. Na comparação mensal, o pimentão verde registrou variação de -16,0% no volume de oferta; o pepino comum, -18,0%, e o caipira, -31,4%; enquanto o chuchu registrou -4,6%; e, por fim, a abobrinha brasileira teve -28,2%.
A restrição na oferta levou, consequentemente, à alta nos preços desses produtos, que fecharam o período sendo cotados no ETSP a:
• Pimentão verde: R$ 6,93/kg;
• Pepino comum: R$ 3,62/kg;
• Pepino caipira: R$ 4,11/kg;
• Chuchu: R$ 1,97/kg;
• Abobrinha brasileira: R$ 3,80/kg.
Dado esse período de entressafra, a tendência é que os preços desses produtos sigam pressionados no mercado atacadista.
O setor de VERDURAS variou +2,84% ante uma variação de -7,16% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -16,12% e, com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de -1,00% no ano e de +7,84% em 12 meses. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 28% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de COENTRO (+72,95%), MANJERICÃO (+69,87%), COGUMELO SHIMEJI (+7,94%), ALMEIRÃO (+6,06%) e ESPINAFRE (+5,52%). As principais reduções ocorreram nos preços de CHICÓRIA (-24,62%), BRÓCOLOS RAMOSO (-16,69%), REPOLHO LISO/VERDE (-13,72%), ALFACE CRESPA (-10,22%) e BRÓCOLOS NINJA (-10,05%).
O setor de Verduras apresentou alta de preço de 10,0 p.p., a maior entre todos os setores analisados, e já vinha apresentando tendência de alta nos meses anteriores. No geral, o setor registrou uma variação anual de -6,3% e mensal de -8,1% no volume de oferta e a menor disponibilidade dos produtos favoreceu a alta nos preços.
O coentro, por exemplo, registrou uma variação anual de -13,0% e mensal de -3,0% no volume de oferta. A disponibilidade do produto foi menor no mercado atacadista devido às perdas ocorridas na lavoura, com muitos operadores desse ramo argumentando que o frio noturno intenso prejudicou a qualidade dos coentros, o que elevou sua taxa de descarte. Os comerciantes que conseguiram obter itens de maior qualidade comercializaram o produto a preços mais elevados, com a cotação média no encerramento do período tendo sido de R$ 11,72/maço. Nos últimos 12 meses, o produto apresentou variação de preço de +178,2% e foi o item de maior variação entre todos os 158 analisados para a composição do Índice CEAGESP.
O setor de DIVERSOS variou -18,35% ante uma variação de -2,90% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -6,10% e, com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de -7,74% no ano e de -35,15% em 12 meses. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 91% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA LAVADA (-40,07%), BATATA ESCOVADA (-35,75%), BATATA ASTERIX (-34,61%) e CEBOLA NACIONAL (-20,18%). As principais altas ocorreram nos preços de OVOS DE CODORNA (+1,84%).
Pelo segundo mês consecutivo, o setor de Diversos encerrou o período apresentando variação negativa de preços com uma forte desaceleração de 15,45 p.p. devido, principalmente, a boa oferta de batata e cebola.
As batatas apresentaram, em média, uma variação de +65,7% no volume de oferta. Os municípios de Mogi Guaçu (SP), Vargem Grande do Sul (SP), Aguaí (SP) e São Miguel Arcanjo (SP) estão entre os que mais enviaram batata ao ETSP. A disponibilidade do produto em regiões próximas à capital favoreceu a comercialização, o que acabou contribuindo ainda mais para o arrefecimento dos preços. No mercado atacadista, a batata lavada encerrou o período cotada a R$ 1,95/kg; escovada, a R$ 2,76/kg; e a asterix, a R$ 2,64/kg. Segundo os agentes de mercado, as baixas cotações do produto têm causado dificuldades para cobrir os custos logísticos e de produção. Nos últimos 12 meses, os tubérculos apresentam variação de preço de -60,0%, -66,2% e -59,5%, respectivamente.
A cebola nacional apresentou uma variação de +78,2% no volume de oferta. Os municípios de Cristalina (GO) e Aurora (SC) estão entre os que mais enviaram o produto ao ETSP, que encerrou o período cotada a R$ 1,83/kg no mercado atacadista. Nos últimos 12 meses, o produto apresenta variação de preço de -60,1% e, segundo os agentes de mercado, esse cenário de desvalorização tem imposto desafios aos produtores e comerciantes. A estratégia apontada é tentar segurar o produto um pouco mais na lavoura na tentativa de promover maiores preços de comercialização.
O setor de PESCADOS variou -0,96% ante uma variação de -5,41% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de +1,31% e, com o resultado obtido, encerrou o mês com um acumulado de -4,84% no ano e de -1,80% em 12 meses. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 61% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de ANCHOVAS (-47,26%), ABRÓTEA (-20,30%), PESCADA MARIA-MOLE (-14,56%), PESCADA BRANCA (-11,26%) e CORVINA ÁGUA SALGADA (-8,28%). As principais altas ocorreram nos preços de SARDINHA LAGES (+45,09%), TAINHA (+14,22%), CAVALINHA (+12,35%), CAMARÃO CATIVEIRO (+7,12%) e BETARA (+7,06%).
Pelo quarto mês consecutivo, o setor de Pescados encerrou o período apresentando variação negativa de preços. O alto volume mensal de oferta de anchovas (34,7%), abrótea (341,4%), pescada maria-mole (22,0%), pescada branca (44,4%) e corvina de água salgada (16,7%) favoreceu a redução de preço desses produtos no mercado atacadista.
As anchovas e a pescada branca estão no período de maior volume de oferta. A expectativa, mantendo-se tudo o mais constante, é de que os preços desses produtos sigam com tendência favorável de compra. No encerramento do período, as anchovas foram cotadas ao preço médio de R$ 8,44/kg, enquanto a Pescada Branca fechou a R$ 8,30/kg. Nos últimos 12 meses, ambos os pescados apresentaram variações de preço de +18,2% e +11,2%, respectivamente. Isso demonstra que ainda há margem para novas reduções de preço no mercado atacadista devido à sazonalidade de oferta.
A abrótea possui sazonalidade de maior volume de oferta nos meses de março e julho. Portanto, a alta na oferta mensal do produto fez com que os preços caíssem. No encerramento do período, foi cotada a R$ 7,62/kg e, nos últimos 12 meses, apresenta variação de preço de +9,5%.
O ritmo lento na comercialização da pescada Maria-Mole e da Corvina salgada contribuiu para o arrefecimento nos preços de ambos os produtos. No Entreposto de Pescados de São Paulo (EPSP), a pescada maria-mole encerrou o período cotada a R$ 5,97/kg, enquanto a corvina fechou a R$ 6,39/kg. Nos últimos 12 meses, as variações de preços foram de -4,6% e -7,7%, respectivamente.
Julho - 2025
| Categoria | Índice % |
|---|---|
| Geral | -0,02% |
| Frutas | 0,34% |
| Legumes | 11,96% |
| Verduras | 2,84% |
| Diversos* | -18,35% |
| Pescados | -0,96% |
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