- Descrição do Índice

São Paulo, setembro de 2023 - O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de setembro com variação de 2,72% ante uma variação de 0,32% no mês anterior. Em setembro de 2022, o índice havia variado 2,24%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período com um acumulado de 4,49% no ano e 12,27% em 12 meses.

O destaque do período é o setor de Diversos, que com o resultado obtido registrou a quarta deflação consecutiva e se mantém com a maior deflação em 12 meses entre todos os setores analisados. Os agentes de mercado apontam para uma supersafra de inverno da batata neste ano que, historicamente, apresenta pico de oferta no mês de agosto. Porém, devido ao controle de oferta ocorrido no início da safra e as fortes ondas de calor, houve um deslocamento da oferta, que acabou se estendendo para o mês de setembro e ocasionou forte redução no preço do produto. Na semana do dia 25, a batata apresentou preço médio de R$ 1,70/kg, contra os R$ 3,12/kg registrados no mesmo período do ano passado, significando queda anual média de 45,5%.

Setorização

O setor de FRUTAS variou 5,82%. Dos 47 itens cotados nesta cesta de produtos, 57,5% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de CARAMBOLA (+61,71%), KIWI CHILENO IMPORTADO (+36,47%), KIWI GREEN NEOZELANDÊS IMPORTADO (+30,40%), ABACATE BREDA (+27,37%) e MAÇÃ GRANNY SMITH IMPORTADA (+22,22%). As principais reduções ocorreram nos preços de MELANCIA BABY (-13,64%), ACEROLA (-12,50%), GOIABA VERMELHA (-9,05%), GOIABA BRANCA (-8,15%) e MAMÃO FORMOSA (-7,79%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período (até o momento, a maior variação positiva registrada em 2023), o setor de Frutas encerrou o mês com um acumulado de 11,73% no ano e de 17,95% em 12 meses. Este foi, sem dúvida, o setor mais impactado pelo calor intenso registrado no mês de setembro. A forte onda de calor ocorrida no período provocou, entre os dias 11 e 23, um aumento na demanda pelas frutas no mercado atacadista, entre elas coco verde, limão taiti, maracujá azedo, mamão Havaí, mangas e melancia (itens de peso para a composição do índice). Dessa forma, o setor de Frutas encerrou o período registrando a maior inflação mensal, anual e em 12 meses entre todos os setores analisados.

O setor de LEGUMES variou -2,48%. Dos 31 itens cotados nesta cesta de produtos, 64,5% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de MAXIXE (-24,89%), BETERRABA (-22,15%), BERINJELA COMUM (-17,72%), ABÓBORA SECA (-13,57%) e JILÓ (-12,78%). As principais altas ocorreram nos preços de PEPINO COMUM (+27,27%), QUIABO (+18,82%), BATATA-DOCE ROSADA (+12,17%), ABOBRINHA ITALIANA (+6,73%) e PEPINO JAPONÊS (+4,85%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Legumes encerrou o mês com um acumulado de 1,40% no ano e de 8,35% em 12 meses. O setor de Legumes apresentou, de modo geral, aumento na oferta de 0,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, o calor intenso registrado no período fez com que o processo de amadurecimento dos legumes (principalmente dos tomates) ocorresse de forma mais acelerada, tendo sido necessária que os produtos fossem rapidamente comercializados. Isso contribuiu, de forma decisiva, para o arrefecimento de preços no setor.

O setor de VERDURAS variou -4,44%. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 79,5% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de SALSÃO BRANCO/VERDE (-25,28%), ESCAROLA COMUM (-20,40%), ALHO-PORÓ (-16,73%), ALFACE LISA (-12,32%) e ALMEIRÃO PÃO DE AÇÚCAR (-11,71%). As principais altas ocorreram nos preços de COENTRO (+31,52%), SALSA (+22,50%), RABANETE (+19,61%), CENOURA COM FOLHA (+14,64%) e RÚCULA HIDROPÔNICA (+14,09%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Verduras encerrou o mês com um acumulado de -0,28% no ano e de 16,11% em 12 meses. O forte calor do período provocou perdas na produção de coentro e salsa devido ao acometimento de doenças na lavoura e, consequentemente, redução da oferta no mercado atacadista (média de 6,8%). Outro fator preponderante foi o aumento da demanda por esses produtos, entre os dias 11 e 23, que impulsionou a alta de preços. Entre estes mesmos dias, devido à onda de calor, as alfaces (crespa e, principalmente, americana) também registraram aumento na demanda devido a um maior consumo de saladas.

O setor de DIVERSOS variou -3,44%. Dos 10 itens cotados nesta cesta de produtos, 90,0% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de OVOS VERMELHOS (-8,82%), OVOS BRANCOS (-6,65%), CEBOLA NACIONAL (-5,89%), BATATA LAVADA (-5,72%) e AMENDOIM SEM CASCA (-4,09%). A principal alta ocorreu no preço de ALHO NACIONAL (+0,91%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Diversos encerrou o mês com um acumulado de -24,33% no ano e de -15,14% em 12 meses. A boa movimentação de batata lavada e a manutenção dos estoques de cebola no mercado atacadista contribuíram para o resultado destacado no setor de Diversos. As chuvas registradas nas regiões produtoras no final do período travaram um pouco o mercado, mas nada que atrapalhasse a colheita e o escoamento dos produtos.

O setor de PESCADOS variou 4,30%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 60,7% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de CAVALINHA (+43,26%), PEROÁ BRANCO (+35,28%), SARDINHA LAGES (+24,58%), ROBALO (+22,67%) e SARDINHA FRESCA (+22,55%). As principais reduções ocorreram nos preços de CURIMBA (-18,91%), ANCHOVAS (-13,46%), BAGRE ÁGUA SALGADA (-10,74%), POLVO (-6,47%) e TAMBAQUI (-4,67%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Pescados encerrou o mês com um acumulado de -4,92% no ano e de 5,57% em 12 meses. De maneira geral, o setor registrou uma redução de 2,9% na oferta de produtos quando comparado ao mesmo período do ano passado. Como já destacado no mês anterior, as sardinhas continuaram se valorizando no mercado atacadista devido à aproximação do defeso e, consequentemente, à formação dos estoques congelados. Por sua vez, o peroá branco e a cavalinha apresentaram redução média de 44,2% na oferta.

Setembro - 2023