10/10/202210:12:52
O índice de preços da CEAGESP encerrou setembro apresentando alta de 2,24% em relação ao mês anterior. O destaque do período foi o setor de Verduras, que encerrou o mês com redução média de preço de 4,63%. No ano, o setor encerra o período tendo um acumulado de -0,87% e -15,07% em 12 meses.
Setorização
O setor de FRUTAS apresentou uma alta nos preços de 3,42%. Dos 38 itens cotados nesta cesta de produtos, 73,68% apresentaram uma elevação de preços em relação ao mês anterior. As principais altas ocorreram nos preços de LIMÃO TAITI (+75,44%), ABACAXI HAVAÍ (+22,07%), BANANA NANICA (+21,12%), UVA BENITAKA (+15,36%) e UVA ITÁLIA (+14,96%). As principais reduções ocorreram nos preços de MELANCIA (-21,81%), MANGA PALMER (-18,23%), MANGA TOMMY ATKINS (-16,57%), MELÃO AMARELO (-13,94%) e MAÇÃ RED IMPORTADA (-5,79%).
DESTAQUES: O limão taiti se encontra em um período de entressafra. Além disso, este produto, desde o mês passado, vem passando por uma recuperação de preço haja vista que as médias praticadas nos meses anteriores estavam abaixo da média. Os produtores de banana nanica e os agentes de mercado informam que a pouca incidência solar e as chuvas ocorridas no período em análise geraram dificuldades na formação final dos frutos (maturação), prejudicando a quantidade ofertada do produto no mercado atacadista. Na comparação com o mês anterior, a banana nanica teve uma redução de 12,63% em sua quantidade ofertada. As uvas benitaka e itália apresentaram reduções na quantidade ofertada, respectivamente, de 30,48% e 32,95%. Essa redução na quantidade ofertada reflete nos preços praticados e outras variedades concorrentes também apresentaram redução no volume, fazendo com que tais uvas sofressem ainda mais o impacto da tal redução.
O setor de LEGUMES apresentou uma alta nos preços de 1,05%. Dos 33 itens cotados nesta cesta de produtos, 42,42% apresentaram uma elevação de preços em relação ao mês anterior. As principais altas ocorreram nos preços de INHAME (+38,59%), VAGEM MACARRÃO (+26,45%), PIMENTÃO VERDE (+19,87%), ABOBRINHA ITALIANA (+14,71%) e MANDIOCA (+10,83%). As principais reduções ocorreram nos preços de CHUCHU (-19,72%), ABÓBORA SECA (-17,73%), PEPINO JAPONÊS (-17,17%), PEPINO CAIPIRA (-17,04%) e TOMATE PIZZAD’ORO (-6,87%).
DESTAQUES: No mercado atacadista, o preço do inhame de início de safra é mais valorizado do que o do inhame de final de safra. A concomitância de oferta entre as safras fez com que, na média, o preço do produto de início de safra prevalecesse sobre o preço do produto de final de safra, gerando o registro de maior valorização na cesta de legumes. Os demais produtos que sofreram valorização positiva de preço sentiram o reflexo direto das condições climáticas ocorridas no período. O frio e as chuvas do mês de setembro prejudicaram a maturação e a colheita dos produtos mais sensíveis.
O setor de VERDURAS apresentou uma queda nos preços de 4,63%. Dos 38 itens cotados nesta cesta de produtos, 68,42% apresentaram uma redução de preços em relação ao mês anterior. As principais reduções ocorreram nos preços da ALFACE CRESPA (-20,10%), ALFACE AMERICANA (-17,74%), REPOLHO LISO (-14,21%), BRÓCOLIS RAMOSO (-13,06%) e AGRIÃO COMUM (-12,12%). As principais altas ocorreram nos preços do RABANETE (+20,90%), SALSA (+14,24%), MILHO VERDE (+9,33%), ALFACE LISA (+8,05%) e ALMEIRÃO COMUM (+4,34%).
DESTAQUES: O frio prolongado culminou na redução da demanda no mercado pelos produtos do setor. Isso contribuiu para que os preços da maioria dos produtos analisados se mantivessem abaixo do preço médio na comparação com o mês anterior.
O setor de DIVERSOS apresentou uma alta nos preços de 4,48%. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 54,56% apresentaram uma elevação de preços em relação ao mês anterior. As principais altas ocorreram nos preços de BATATA LAVADA (+31,86%), COCO SECO (+6,25%), CEBOLA NACIONAL (+6,19%), OVOS VERMELHOS (+1,31%) e AMENDOIM COM CASCA (+1,19%). As principais reduções ocorreram nos preços do ALHO NACIONAL (-1,03%) e OVOS BRANCOS (-0,46%).
DESTAQUES: O setor de Diversos passou o mês de setembro sob os efeitos da alta de preço das batatas e da cebola nacional. As batatas, embora estejam em um período de safra, tiveram sua colheita prejudicada pelas chuvas do período. Com isso, a batata lavada teve uma redução de 14,56% na quantidade ofertada. Com um recuo de 9,09% na quantidade ofertada e sem a concorrência da cebola importada, a cebola nacional se valorizou no mercado atacadista. O preço médio da cebola nacional tipo caixa 3 encerrou o período cotado a R$ 4,25/kg (+6,2%).
O setor de PESCADOS apresentou uma alta nos preços de 0,19%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 25,00% apresentaram uma redução de preços em relação ao mês anterior. As principais altas ocorreram nos preços de LULA CONGELADA (+32,76%), PESCADA BRANCA (+29,73%), ANCHOVAS (+24,67%), TAINHA (+18,43%) e POLVO (+14,66). As principais reduções ocorreram nos preços de SALMÃO IMPORTADO (-22,16%), PINTADO (-2,16%), CAÇÃO AZUL (-1,69%), ABRÓTEA (-1,55%) e ESPADA (-0,63%).
DESTAQUES: A redução na quantidade ofertada em relação ao mês anterior, principalmente da anchovas e tainha, fizeram que os preços se elevassem. Por outro lado, a redução no preço do salmão, que possui maior peso no índice, contrabalanceou a elevação de preços do setor, deixando o mesmo mais próximo da “estabilidade”.
No mês de outubro começam as precipitações com volumes mais elevados. Se ocorrerem em um curto intervalo de tempo, elas podem afetar algumas regiões produtoras e gerar impacto nos preços do mercado atacadista, principalmente para as hortaliças folhosas e os tubérculos, devido à dificuldade na colheita. Para o setor de Frutas, iniciam as entradas das frutas de caroço precoce. A quantidade ofertada e a qualidade desses produtos balizarão os preços desses itens para o setor, influenciando nos concorrentes importados. Já para o setor de Pescados, inicia-se o defeso de algumas espécies, com destaque para as sardinhas, que passarão a ser comercializadas "congeladas", logo, a quantidade do volume estocado e a eventual escolha de outras espécies frescas poderá impactar nos preços do setor.
Setembro - 2022
Categoria | Índice % |
---|---|
Geral | 2,24% |
Frutas | 3,42% |
Legumes | 1,05% |
Verduras | -4,63% |
Diversos* | 4,48% |
Pescados | 0,19% |
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