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Fundado em 13 de agosto de 1981, o entreposto sorocabano da CEAGESP (CESOR) iniciou sua história com três pavilhões: Galpão do Produtor A e Galpão do Produtor B, cada qual com 28 módulos, e o Galpão Central (GC), em uma área construída inicial de 6.300 m² localizada em terreno de 188.270 m².
Nesses primeiros tempos, ganhou destaque o Mercado Sobre Veículos (MSV), oportunidade dada aos produtores das redondezas para que comerciassem seus produtos e que funciona até hoje, com 62 módulos.
Com muitas lembranças dessa época, o permissionário José Orlando Fiorani conta sobre como era a situação. “Meu pai trabalhava no antigo feirão, que foi extinto quando surgiu a CEAGESP, isso pelo ano de 1985”, conta o comerciante, que aproveitou a oportunidade surgida após sua dispensa do serviço militar.
“Era lotado, muita gente mesmo”, conta. “Vendia-se de tudo e no final do ano tinha gente que trazia porco, galinha, e volta e meia a bicharada escapava”, relembra dessa particularidade ocorrida nas festas de fim de ano.
Como a ordem dos veículos era por chegada, havia uma disputa pelos melhores pontos. “Se você chegava e outro estava ocupando seu ponto habitual, tinha de ir para outro lugar. Vira e mexe era cada encrenca”, diverte-se Fiorani sobre a norma em questão. “Era muito comum a gente ir de um dia para o outro e parar de tardezinha”, relembra o comerciante. “Para receber, você pagava uma diária e não mensal”, conta sobre o sistema da época. “Os fiscais iam batendo nos veículos para cobrar”.
A outra curiosidade estava em o entreposto ter uma telefonista, algo estranho em tempos nos quais esta matéria pode estar sendo lida na tela de um celular. “Nos boxes era tudo ramal e difícil: você tinha de ligar para a telefonista. Era sofrido, mas divertido”. Testemunha da mudança dos tempos, José Orlando também testemunhou a mudança nos meios de transporte desses tempos. “Os comerciantes vinham de carroça. Tinha cavalo de tudo quanto era jeito”.
Ao longo desses anos, também pôde testemunhar as mudanças que o entreposto foi tendo, como a de 1994, quando o Galpão Central ganhou mais 156 módulos e passou para 304. Em 1999, o Pavilhão das Flores, que abrigou um Mercado de Flores que virou referência para decoradores e paisagistas da região. “Tem loja aqui que parece de shopping”, conta Américo Kosima, que vende pastéis na unidade desde 2004 e hoje em dia, além do ponto no CESOR, tem mais três lojas em Sorocaba.
Após muitos anos sobre sua Kombi, José Orlando passou para ponto fixo, com a inauguração do Galpão do Produtor C (GPC) e o Galpão do Produtor D (GPD), em 2002, que acrescentaram mais 61 boxes. O permissionário, morador de Indaiatuba, encontra-se no GPD desde sua inauguração. Após todas essas implementações, a área construída passou para 19.612,33 m².
O grande marco para a CESOR começou com os Varejões, primeiramente o Diurno, surgido em 2003 e funcionando nos sábados, e o Noturno, inaugurado em 2010 e operando nas quartas-feiras. “A gente foi até São Paulo para ver como funcionava”, conta Américo. Em média, são atendidas 4.500 pessoas no Diurno e 3.500 no Noturno.
O Varejão Noturno, em conjugação com a Feira das Flores e muita divulgação, também mudou o perfil do entreposto, que passou a ser lugar disputado para “happy hours” locais. Colaborou com isso o restaurante Empório 31, próximo ao Pavilhão das Flores e com mesas sob árvores.
Ao longo desses anos, os permissionários guardam boas lembranças. “Tenho cliente que comprava comigo quando comecei e agora é o neto que compra”, conta José Orlando, também contente de ver funcionários de boxes que hoje são permissionários. Para Américo, que começou com uma barraca e hoje tem um quiosque no entreposto, a unidade no CESOR foi inclusive salvação para sua rede de pastelarias em tempos pandêmicos. “Foi aqui que a gente conseguiu manter nossa força de trabalho”, conta, acrescentando que foi experimentando as modalidades de entrega em domicílio e venda para viagem, além de ter feito um drive-thru.
De implementações recentes, há a operação tapa-buraco, bem como estão em reforma os sanitários, que está prevista para se encerrar em 2022, com os do GC. “É uma das reivindicações antigas que, graças a Deus e à nossa atual diretoria, saiu do papel e está sendo feita”, conta Maximino Francisco da Silva, atual gerente da unidade, que conta sobre seus desafios. “É desde verificar trabalho por empresas terceirizadas, orientar permissionários e o relacionamento com os colegas da CEAGESP. É sair da zona de conforto”, conta.
Para o futuro, está prevista a padronização da portaria e, já está com pregão em andamento, a reforma da caixa d’água do entreposto. “São pequenos detalhes que fazem toda a diferença”, conta Maximino.
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