5/9/201409:10:12
Em agosto, o Índice de preços da CEAGESP registrou alta de 3,42%. Mesmo com a elevação, o indicador acumula retração de 0,44% durante o ano de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses registra elevação de 0,95%.
Além da estiagem em praticamente toda a região sudeste, problemas no abastecimento de água no estado de São Paulo dificultam a irrigação e prejudicam o desenvolvimento e a produção de algumas culturas como citros e alguns legumes e verduras.
Com a demanda ainda retraída, não houve elevações acentuadas, No entanto, com alguns preços bastante próximos aos preços de custo, principalmente no setor de verduras, e, com a necessidade de mais água com a elevação das temperaturas, a tendência é de elevação dos preços nos próximos meses.
O setor de frutas subiu 4,32%. Principais altas: Laranja lima (28,9%), jaca (23,9%), manga Tommy (21,85), laranja pêra (18,4%), melancia (17,1%) e maracujá azedo (16,9%). Principais quedas: Mamão Havaí (-14,2%), banana Prata (-11,6%), banana nanica (-9,2%), abacaxi havaí (-8,7%) e coco verde (-8,8%).
O setor de legumes registrou elevação de 6,99%. Principais altas: Pimentão vermelho (36,3%), berinjela japonesa (33,9%), quiabo (22,9%), batata doce rosada (17,8%), e cenoura (17,1%). Principais quedas: Tomate caqui (-15,65), abobrinha italiana (-8,1%), tomate (4,4%) e jiló (-301%).
O setor de verduras apresentou queda de 5,03%. Principais baixas: Coentro (-29,5%), nabo (-14,9%), espinafre (12,7%), couve-flor (11,9%), almeirão (-12,3%) e couve (-11,7%). Principais altas: Milho verde (15,7%), orégano (12%) e moyashi (8,6%).
O setor de diversos caiu 2,79%. Principais quedas: milho de pipoca (-24,4%), batata comum (-18,6%), batata lisa (18,1%) e coco seco (-13,1%). Principais altas: alho (3,95%) e amendoim (3,45).
O setor de pescados subiu 1,92%. Principais altas: Robalo (14,4%), lula congelada (11,75), salmão (9,1%) e abrotea (6,9%). Principais quedas: Anchovas (-14,6%), tainha (-7,1%), pescada (-5,4%) e cação (-4,9%).
O processo de desaceleração de preços iniciado em abril, ao que tudo indica, não deverá se repetir nos próximos meses. A estiagem que atinge a região sudeste e a escassez de água em vários municípios do interior do estado de São Paulo deverão prejudicar o volume ofertado e a qualidade de alguns produtos.
Espera-se também, a partir de setembro, um incremento na demanda, principalmente de frutas. Assim, os preços deste setor devem apresentar novas elevações nos próximos meses. As verduras apresentaram a quinta queda consecutiva no ano e estão com preços muito próximos ao custo. Assim, são esperadas elevações também neste setor. Legumes e pescados devem apresentar altas menos expressivas que os demais setores.
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