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Com 22.504 m² de terreno, é o entreposto de Guaratinguetá (CEGUA) é o menor área construída na rede, CEAGESP com 1.431 m². Fundado em 28 de outubro de 1982, sua particularidade em relação a outras unidades foi ter com o tempo se especializado em plantas, flores e acessórios de jardinagem.
“Havia comercialização de hortigranjeiros, com presença de produtores da região e do sul de Minas, mas algumas mudanças realizadas levaram ao fim da comercialização”, conta Henrique Leonel Ribeiro, gerente da unidade, sobre o fim do varejão local quando da federalização da CEAGESP. “Essa mudança se deveu pelo esvaziamento de permissionários durante os anos 1990 e, no início dos anos 2000, iniciou-se uma modesta Feira de Flores”, conta.
Isso se deveu justamente pela proximidade com o CESJC. “Em 2014, quando fiquei à frente da unidade, percebi que o mercado de hortifrúti não tinha espaço, pois a unidade de São José dos Campos já supria a região”.
A Feira de Flores, outrora simples, foi aumentando com o tempo. “Quando visitei pela primeira vez, em 2013, havia entre 10 e 15 permissionários. Após conversar com eles, resolvemos investir na divulgação e o resultado foi rápido”, conta Henrique.
Com isso, ocorreu uma reorganização da área, que originalmente consistia em 28 módulos e 14 boxes, dos quais só 15 módulos e quatro boxes estavam ocupados. Atualmente, são 61 módulos e nove boxes, o que acabou se refletindo em uma mudança na ocupação e na procura. Antes da pandemia, todos os módulos estavam ocupados. Dos boxes, cinco estão ocupados.
Essa especialização também foi ganhando fama para além do Vale do Paraíba, uma vez que a unidade fica a 58 km da divisa com o Rio de Janeiro e a 40 km da divisa com Minas. “Temos permissionários que percorrem mais de 200 km para chegar à unidade e a maioria é de longe”, conta o gerente, relatando que alguns vêm de lugares como Atibaia.
“A unidade passou a abastecer comerciantes do ramo em Resende, Itatiaia, Penedo, Angra dos Reis e Paraty, entre outras cidades. Às vezes compradores da capital fluminense também visitam a unidade”, conta Henrique. Está entre esses compradores Enio Aurélio Pereira Rosa, que frequenta a unidade desde 2016 e mora em Angra. “Há 31 anos tenho uma loja com mais de mil itens e planta sempre foi prioridade”. Originalmente ele procurava fornecedores na capital de seu estado, coisa que fez por muitos anos. “Devido aos altos preços e baixa variedade, resolvi partir para São Paulo”, conta o empresário, que inicialmente ia ao entreposto de São José dos Campos.
Para Enio, Guaratinguetá acabou compensando pelos horários de funcionamento e a maior proximidade de sua cidade. “Levo 3 horas e meia de caminhão”, conta, lembrando de que a ida ao CESJC demandaria uma hora a mais, além de maiores gastos com pedágio.
Devido à especialização, o CEGUA acabou também surpreendendo os consumidores. “O diferencial está na variedade e nos preços”, conta Enio, que ressalta fazer bons negócios na unidade. “Compro sempre à vista e em quantidade e isso faz a diferença”, conta o varejista. Com o tempo, também criou sua rede de fornecedores na unidade.
Para o futuro, uma das ideias é abrir licitação para as áreas que ficaram desocupadas. A outra é a de reativar o setor hortifrutigranjeiro e o varejão. “É um grande desafio que depende de ação conjunta com permissionários e produtores, além de setor municipal e compradores”, conta Henrique, lembrando que a ideia é de aproveitar a atração oriunda do público das flores para reerguer esse ramo. “Todo mundo que faz compra nas flores, principalmente pessoal de varejo, tem potencial de compra para hortifrúti”, conta.
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