Daqui a dois dias são completados 41 anos do entreposto de Ribeirão Preto (CERIB). Inaugurado por Paulo Maluf, governador à época, surgiu em um terreno de 242 mil m² e sua área construída atual é de 13.231 m², sendo considerado o maior dos entrepostos interioranos da CEAGESP.

“Em 1979, meu pai, Onério Zago, foi convidado para assumir a Diretoria Administrativa da CEAGESP e foi fundador e idealizador das unidades do interior junto com o presidente José Pilon”, conta Carlos Alberto Zago, que hoje é permissionário desde 2002 no CERIB, trabalhando com batatas em uma operação que também tem operações no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP).

A inauguração reservou algumas emoções para Onério. “Lembro do meu pai contando que foi a primeira vez em que ele andou de helicóptero, acompanhando o então secretário da Agricultura do estado, Guilherme Afif Domingos”, recorda Carlos Alberto, que também foi funcionário da CEAGESP. “Trabalhei como escriturário de 1980 a 1984”, conta.

Os volumes comercializados no entreposto ribeirão-pretano são maiores que a média das outras unidades. Conforme comercialização consolidada em novembro do ano passado, a média mensal foi superior a 20 mil toneladas, com um comércio anual de praticamente 221 mil toneladas, correspondendo a mais de 5% do total da rede.

São 740 as áreas da unidade, entre boxes e módulos, abrigando um total de 357 permissionários, divididos entre empresas e produtores rurais. A pauta de comercialização é variada e, além de hortaliças, também conta com plantas ornamentais, flores e aquilo relacionado a esse ramo, como artesanato.

Isso gera uma influência que ultrapassa as divisas paulistas. “A estrutura e a localização da unidade favorecem o atendimento de grande parte da população do estado, abrangendo 100 municípios”, conta David de Lima Isaac, gerente da unidade desde abril de 2021. “Contribui também para o abastecimento de boa parte dos municípios da região Sul de Minas Gerais e cidades importantes, como Uberaba e Uberlândia”.

O Banco CEAGESP de Alimentos local foi implementado em 2004, em parceria com a prefeitura local, que via convênio disponibiliza o transporte dos mantimentos arrecadados, que são separados e divididos para as entidades atendidas. Até novembro de 2021, as médias mensais foram as seguintes: 40 entidades credenciadas, 3.750 pessoas beneficiadas e 333 doadores cadastrados, com o total de 25 toneladas. Além da ligação com a prefeitura, o BCA local também colabora há cinco anos com o Projeto Mesa Brasil Sesc.

Devido ao tamanho desse entreposto, David encontra uma questão que também é comum a outras unidades da CEAGESP. “Vejo como desafio maior encontrar soluções viáveis para os passivos ambientais criados pelos resíduos gerados nas atividades diárias, principalmente a deposição de caixas e palets de madeira”, conta o gerente.

Ao longo dos anos que o CERIB existe, implementações foram sendo feitas, como restauração do asfalto, conexão do esgoto à rede municipal e a reestruturação da energia elétrica.Entre os planos presentes para um prazo mais recente, estão o de reformar e construir novos sanitários, fazer a manutenção geral da unidade e instalar monitoramento remoto por câmeras, além de modernizar a portaria e complementar o processo de repavimentação.

Para prazo mais dilatado, uma ideia envolve tanto impacto ambiental como econômico. “Um ponto a ser trabalhado é quanto a reduzir gastos de energia elétrica por meio de estudo mais apurado sobre a viabilidade de aproveitamento da energia solar”.

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